domingo, maio 31, 2009
"Toy Story 3", a um ano de distância
sábado, maio 30, 2009
Hampson: versatilidade e dramatismo
>>> Hampsong Foundation.
Nome: Boetticher
Orchestral Manouvers In The Dark, 1979
Orchestral Manouevers In The Dark
'Electricity', 1979
Crystal Stilts: todas as imagens
"Saving Grace": elogio da impureza
A evolução da série Saving Grace (Fox Life), uma criação de Nancy Miller com Holly Hunter no papel de uma detective da polícia de Oklahoma City, é um surpreendente caso de inteligência e contenção. Dir-se-ia que o próprio dispositivo original não poderia resistir muito para além do imediato efeito de surpresa. De facto, como sustentar o tom cru de série policial, ao mesmo tempo que a personagem central, Grace Hanadarko, é alguém que recebe as visitas regulares de Earl (Leon Rippy), um anjo que tenta redimi-la dos seus pecados?
O certo é que, já em plena segunda temporada, Saving Grace conseguiu a proeza de manter a sua lógica inicial, sem alienar nenhuma das componentes originais. A mais discreta, porventura também a mais intensa, dessas componentes tem a ver com a memória do atentado terrorista perpetrado em 1995 por Timothy McVeigh, veterano do exército dos EUA, que matou 168 pessoas e feriu mais de 800 (foi, até ao 11 de Setembro de 2001, o mais violento acto terrorista em território americano). De facto, por Saving Grace perpassa o sentimento amargo de uma comunidade ainda à procura da recomposição dos seus laços afectivos e simbólicos. Obviamente, com a sua existência convulsiva, a própria Grace surge como uma figura frágil e errática, paradoxalmente a tentar fazer valer algum princípio de ordem social e também os valores da solidariedade humana.
Deste modo, Saving Grace escapa por completo ao moralismo de muitas narrativas televisivas (veja-se a miséria formal a que chegaram as telenovelas) que tudo encenam em função de uma noção de “pureza” que, em boa verdade, ninguém sabe enunciar. Bem pelo contrário, Saving Grace é uma história de gente maravilhosamente “impura”, isto é, comovente e próxima de nós. Incluindo o anjo.
sexta-feira, maio 29, 2009
New York, New York (por Jorge Colombo)
Cannes digital
A propósito da passagem da cópia restaurada de Pedro o Louco (1965), de Jean-Luc Godard, na secção ‘Cannnes Classics’, Serge Toubiana, director da Cinemateca Francesa, lembrou um célebre texto de Louis Aragon fazendo o elogio do filme no momento da sua estreia. Aragon exaltava a relação do cinema moderno com a pintura. E concluía com uma afirmação entusiástica: “Godard é Delacroix”.
Acontece que Pedro o Louco foi rodado no formato Techniscope, criado em 1963 pelo departamento italiano da Technicolor. Com um diferente aproveitamento do negativo (com apenas duas perfurações por fotograma, em vez das tradicionais quatro), o Techniscope visava uma significativa poupança de película, ao mesmo tempo que favorecia um grão na imagem susceptível de criar novas estéticas visuais (foi opção de Sergio Leone, por exemplo, em 1966, em O Bom, o Mau e o Vilão). O Techniscope não desapareceu, mas a sua passagem a outros formatos mais correntes tem dado origem a cópias que nem sempre respeitam os valores cromáticos dos originais. Em Cannes pudemos rever Pedro o Louco como se estivéssemos… em 1965.
A importância de ‘Cannes Classics’ está bem expressa na variedade de nomes este ano evocados, incluindo Luchino Visconti (Senso, 1954), Joseph Losey (Acidente, 1967), e Georges Franju (Les Yeux sans Visage, 1960). Houve até uma cópia de um dos mais políticos “filmes de sketches” dos tempos que antecederam Maio 68: Loin du Vietname (1967), com episódios de Joris Ivens, Jean-Luc Godard e Alain Resnais, entre outros. Como complemento, ‘Cannes Classics’ deu também a ver alguns trabalhos documentais sobre diversos cineastas em momentos específicos da sua evolução: entre os nomes abordados estavam Henri-Georges Clouzot, Pietro Germi, Jean-Luc Godard e François Truffaut (estes dois últimos no período de lançamento da Nova Vaga, através do filme Les Deux de la Vague, de Emmanuel Laurent).
Na maior parte dos casos, as cópias restauradas para formato digital visam o DVD. De facto, o espaço dos “clássicos” já deixou de ser minoritário no mercado, tendo ampliado de forma significativa o número dos seus consumidores. Nalguns casos, essas mesmas cópias serão objecto de reposição nas salas. Quer isto dizer que esta edição de Cannes ajudou a reabrir uma curiosa perspectiva: a de que o processo de digitalização do cinema, actualmente em curso, não diz respeito apenas aos filmes do presente e ao seu possível carácter experimental. O digital está também a criar novas relações, para novos públicos, com a memória viva do cinema.
Monteverdi, segundo Murcof
Sigur Rós em estúdio
Digressão retoma a estrada a 8 de Junho
A segunda geração
Uma escolha sem pontaria
'Falling Down' (single, 2007)
A primeira amostra do trabalho de colaboração entre os Duran Duran, Timbaland e Justin Timberlake a chegar à Internet revelou o pujante Nite Runner. Ficavam claros os sinais de que o novo álbum, ainda em última fase de trabalho em estúdio, levaria os Duran Duran por outros terrenos, na verdade não tão estranhos a memórias de relações antigas da banda com as linguagens do disco e funk. Contudo, a escolha para o primeiro single revelou uma opção mais convencional, apontando para a balada mid-tempo Falling Down. Os resultados obtidos pelo single deram depois razão a quem defendera outra escolha, revelando Falling Down a segunda pior classificação de um single da banda na tabela britânica (nº 52), ultrapassado apenas por Someone Else Not Me... Apesar de uma edição em CD, na maioria dos territórios o single teve apenas edição digital. As edições em CD incluem, uma delas, uma gravação ao vivo de Reach Up For The Sunrise e, a outra, uma série de remisturas de Falling Down.
O teledisco de Falling Down assinala o reencontro do grupo com um registo visual como há muito não acontecia. Realizado por Anthony Mandler, reflecte sobre a outra face da fama, sublinhando uma das ideias centrais do álbum Red Carpet Massacre.
Beethoven: 1 + 9
Longos e calorosos aplausos a fechar a noite de ontem, no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian — sob a direcção de Lawrence Foster, Orquestra e Coro Gulbenkian interpretaram as Sinfonias nº 1 e nº 9, de Ludwig van Beethoven, traçando assim um arco de diferenças e complementaridades capaz de nos fazer sentir como, entre as duas obras (separadas por um quarto de século, de 1799 a 1824), se assiste a uma fulgurante reconversão dos próprios cânones sinfónicos, desembocando na irrupção da voz humana no andamento final da "Nona". Com Turid Karlsen (soprano), Nadine Weissmann (meio-soprano), Michael König (tenor) e Alexander Vinogradov (baixo) nesse final apoteótico, o concerto acabou por ter a sua dramaturgia própria, numa viagem de (re)descoberta de uma época fulcral de transformação da música germânica e europeia.
>>> O mesmo programa repete hoje, no mesmo local, às 19h00.
quinta-feira, maio 28, 2009
7 x Anne Sofie von Otter (6)
[1] [2] [3] [4] [5]
Para muitos intérpretes líricos, Jacques Offenbach permanece como uma espécie de paisagem de revisitação cíclica e, mais do que isso, de pedagógica depuração. As suas operetas, em particular, definem um património de libertação, musical e moral, através das armas primitivas do humor, da ironia e, por vezes, do cruel sarcasmo. Tudo isso, claro, sem nunca alienar uma fundamental pulsação poética. Em 2002, Anne Sofie convocava algumas das referências mais emblemáticas de Offenbach, incluindo Les Contes d'Hoffmann, La Belle Hélène, Barbe-Bleue e, inevitavelmente, La Périchole. Com acompanhamento de Les Musiciens du Louvre, sob a direcção de Mark Minkowski, o resultado é um dos seus álbuns mais deliciosamente lúdicos e etéreos, sem por um momento alienar o rigor e a subtileza emocional do seu canto.
>>> JACQUES OFFENBACH, Arias and Scenes.
Solidão e exílio dos novos vampiros
Cairo, algures no futuro...
Blur em nova antologia
Um museu para Magritte
Um Yacht a caminho
Here & Now: Nik Kershaw
Nik Kershaw
'The Riddle', 1984
quarta-feira, maio 27, 2009
Susan Graham "à la française"
>>> Em 2008, em concertos no Brasil, Susan Graham interpretou vários standards de George Gershwin/Ira Gershwin — eis o registo de The Man I Love e Nice Work If You Can Get It.
SOUND + VISION: + 1 milhão
Depois do zero...
O recordista
Rufus na ópera
Um museu para Hergé
Here & Now: ABC
terça-feira, maio 26, 2009
Na companhia de Lars von Trier
Órgãos sexuais em actividade. Uma amputação (sexual, também). A carne trespassada. Enfim, um clima de apocalipse, tudo tendo por cenário um espaço chamado Eden. E ainda um título esclarecedor: Antichrist. Assim é o filme com que o dinamarquês Lars von Trier esteve em Cannes.
Espantoso filme, digo eu, capaz de nos fazer repensar todas as certezas sobre o que seja o espaço conjugal, o êxtase de dois corpos, enfim, a simples crença no acto humano de comunicar. Em todo o caso, não me quero fingir ingénuo e reconheço, serenamente, que Antichrist só pode dividir os seus espectadores, acentuando diferenças de sensibilidade, clivagens éticas e contradições filosóficas.
Mas é isso mesmo que deixa a sensação de o filme ter sido “engolido” com mais ou menos dificuldade, entrando no limbo das coisas de que não se fala muito e que, por indiferença ou hipocrisia, se deixam existir na sua solidão. Que diabo (quando vir o filme, o leitor compreenderá que a evocação de Satanás também não tem nada de deslocado)! Em 1972, por causa da lendária “cena da manteiga”, O Último Tango em Paris irrompeu na nossa querida Europa como a heresia que ia repor o reino da barbárie. Agora, a contundência de Antichrist nem sequer evoca a palavra tabu… Em boa verdade, “tabu” passou a ser um mero sinónimo do silêncio dos treinadores de futebol sobre o seu futuro profissional.
Os mais cândidos tentarão garantir-me que estamos mais evoluídos: vivemos em sociedades mais abertas e, por isso, experiências tão extremadas como Antichrist são integradas com mais ou menos agitação, mas sem trauma. Será assim? Não levarão a mal que deixe uma dúvida metódica: a de que a placidez dos confrontos de ideias reflecte uma profunda e inquietante apatia argumentativa e uma indiferença generalizada pelo simples acto de pensar. Na sua conferência de imprensa em Cannes, Lars von Trier garantiu que Antichrist era produto do seu estado depressivo. Como eu o compreendo.
Eles, ela e o robot
St. Etienne em reedições
Para reviver Brideshead
Here & Now: Kim Wilde
Kim Wilde
‘Cambodia’, 1981
De Spock a realizador
As estrelas de Cannes
De que modo o Festival de Cannes (13/24 de Maio) foi uma parada de estrelas? Ou melhor: hoje em dia, onde estão as estrelas? — este texto foi publicado no Diário de Notícias (24 de Maio), com o título 'Será que o "glamour" morreu?'.
Foi um tema latente desta 62ª edição do Festival de Cannes: o esvaziamento simbólico das estrelas de cinema. Porventura por pudor, ninguém o enunciou de forma tão clara, mas no quotidiano todos o pressentiram. Como se algo ameaçasse o aparato montado em torno da passadeira vermelha e do lendário acesso ao Palácio, através dos seus não menos lendários degraus (“la montée des marches”).
Há uma maneira simples de explicar este misto de desencanto e nostalgia. Tem a ver com a transferência, também ela simbólica, da aura das estrelas. Ou ainda: duas das vedetas mais badaladas deste festival foram um veterano do rock (Johnny Hallyday, actor do filme Vengeance, de Johnnie To) e um jogador de futebol (Eric Cantona, figura central de Looking for Eric, de Ken Loach). Dir-se-á que tal evidência resultam também da sua dimensão nacional e do facto de há muito tempo pertencerem ao imaginário popular francês. Sem dúvida. Mas a sua ascenção acontece a par de uma cada vez maior dificuldade do cinema em evocar (ou invocar?) o glamour clássico.
É certo que acabámos por ter Angelina Jolie na passadeira vermelha. Sintomaticamente, não para apresentar um filme, uma vez que veio apenas acompanhar o marido, Brad Pitt, um dos nomes do elenco de Inglourious Basterds, de Quentin Tarantino. Aliás, para além dos magníficos filmes que Cannes 2009 nos ofereceu, importa reconhecer que não tivemos um único construído a partir do apelo específico de uma estrela. Nem mesmo Almodóvar, com a “sua” Penelópe Cruz, que continua fixado no espelho, a filmar os seus fantasmas. Para mais, fingindo que ainda tem o fulgor de outros tempos.
segunda-feira, maio 25, 2009
E fez-se luz...
Novos sons dos The Sounds
Um disco de transição
Scarlett à la Gainsbourg
Com (mais) vitaminas de acção
domingo, maio 24, 2009
Haneke ganha Cannes
Foi também uma noite grande para o cinema português, sobretudo se entendermos que a identidade desse cinema passa por todos os filmes que invistam numa metódica resistência à formatação televisiva: Arena, de João Salaviza, ganhou a Palma de Ouro da secção de curtas-metragens, prémio atribuído por um júri presidido por John Boorman.
Foi o seguinte o palmarés oficial:
* PALMA DE OURO
— Das Weisse Band, de Michael Haneke (Alemnha)
* GRANDE PRÉMIO
— Un Prophète, de Jacques Audiard (França)
* PRÉMIO EXCEPCIONAL DO JÚRI
— Alain Resnais [foto]
* INTERPRETAÇÃO FEMININA
— Charlotte Gainsbourg, em Antichrist, de Lars von Trier (Suécia)
* INTERPRETAÇÃO MASCULINA
— Christoph Waltz, em Inglourious Basterds, de Quentin Tarantino (EUA)
* REALIZAÇÃO
— Brillante Mendonza, por Kynatai (Filipinas)
* ARGUMENTO
— Mei Feng, por Spring Fever, de Lou Ye (Chinaa)
* PRÉMIO DO JÚRI (ex-aequo)
— Fish Tank, de Andrea Arnold (Reino Unido)
— Thirst, de Chan Wook-Park (Coreia do Sul)
* Prémio Vulcain / Comissão Superior Técnica da Imagem e do Som
— Aitor Berenguer, técnico de som de Map of the Sounds of Tokyo, de Isabel Coixet (Espanha)
Curtas-metragens
* PALMA DE OURO
— Arena, de João Salaviza [foto] (Portugal)
— MENÇÃO ESPECIAL: The Six Dollar Fifty Man, de Mark Albiston e Louis Sutherland (Nova Zelândia)
Câmara de Ouro
O júri da Câmara de Ouro (que escolhe a melhor primeira obra de todas as secções do certame) foi presidido pelo actor e realizador Roschdy Zem (França).
* CÂMARA DE OURO
— Samson and Delilah, de Warwick Thornton (Austrália)
— MENÇÃO ESPECIAL: Ajami, de Scandar Copti e Yaron Shani (Israel/Alemanha)
"Un Certain Regard"
O júri da secção "Un Certain Regard" foi presidido pelo realizador italiano Paolo Sorrentino.
* Prémio ‘Un Certain Regard’ – Fondation Groupama Gan pour le Cinema
— Dogtooth, de Yorgos Lanthimos (Grécia)
* Prémio do Júri
— Police, Adjectiv, de Corneliu Porumboiu (Roménia)
* Premio Especial do Júri (ex-aequo)
— No One Knows About Persian Cats, de Bahman Ghobadi (Irão)
— Le Père de Mes Enfants, de Mia Hansen-Love (França)
Cannes 2009: 24 de Maio
Depois de Jacques Audiard (Un Prophète), Alain Resnais (Les Herbes Folles) e Xavier Giannoli (À l'Origine), terminou a representação francesa no 62º Festival de Cannes com Enter the Void, de Gaspar Noé -- foi o menos interessante dos quatro filmes e também um sintoma dos equívocos "técnicos" de algum cinema contemporâneo.
O ponto de partida do filme de Noé consiste em "encenar" a visão de... um morto. Mais concretamente, o herói de Enter the Void permanece, para além da morte, como uma espécie de olhar angelical que, literalmente, paira sobre a cidade e, em particular, vigia os destinos da sua irmã. É um estratagema sugestivo, mas não passa disso: Noé filma como se tivesse que esgotar todas as piruetas possíveis da câmara, nos interiores, nas ruas, "penetrando" nas zonas mais inesperadas de cenários ou objectos. Pelo caminho, vai dispensando as personagens, reduzidas a figurantes do seu próprio virtuosismo. Ou como se prova que contar uma história é um problema que não se resolve apenas através da "invenção" de um dispositivo técnico.
O ensaio geral
Música de fé e devoção
John Tavener nasceu em Londres em 1944 e é descendente diecto do compositor britânico do século XVI John Taverner. Ganhou nototiedade em finais dos anos 60 quando estreou a cantata The Whale, com a London Sinfonietta, obra que em 1968 gravou e editou pela Apple Records, onde lançou outras peças pouco depois. Nos anos 70 interessou-se pela igreja ortodoxa, convertendo-se a ela em 1977. A sua música é muitas vezes comparada à de Arvo Pärt mas na verdade a eventual proximidade não vai muito além da relação entre a obra e a religião e algumas afinidades formais (que mesmo assim o integram por vezes entre a “família” de autores de uma área muitas vezes designada por minimalismo sagrado). A obra de Tavener transcende muitas vezes as fronteiras de género e comunica para vários públicos com facilidade. Em 2004 chamou Björk para com ela gravar Prayer Of The Heart (editada em disco no catálogo da Naxos), na verdade um das mais interessantes momentos da obra da cantora na presente década. A sua obra recente mantém a fé como centro gravítico, mas alargou horizontes a reflexões sobre outras religiões.
Como explicam as notas no booklet da edição de 1999 de The Protecting Veil, na Naxos, esta obra revela uma música “intensamente estilizada, geometricamente formada e de carácter meditativo”. Há uma ligação directa entre a obra e a evocação da Mãe de Deus, segundo a tradição de uma festa ortodoxa que remonta ao início do século X. A festa assinala uma visão que terá dado força e protecção aos cristãos, nas vésperas de um confronto militar que terminou com uma derrota dos sarracenos. John Tavener tenta, como descreve o texto, “captar o que considera ser o poder quase cósmico da Mãe de Deus”, que na música é representada pelo som do violoncelo. The Protecting Veil é uma obra frequentemente apresentada em versão de concerto. A imagem (em cima) documenta uma experiência recente com músicos da orquestra da BBC e estudantes de dança da Universidade de Stanford, criando juntos uma abordagem de música e dança a esta composição de Tavener.
Imagens de uma animação digital qure toma como banda sonora um dos momentos de The Protecting Veil, de John Tavener.