Enquanto aguardamos o lançamento do novo Bach de Anne Sofie von Otter (com cantatas e árias), sugerimos uma breve deambulação pela sua dis-cografia, celebrando a delicada sofisticação e os espantosos contrastes da mezzo-soprano sueca.
[1] [2]
Estreado em 1735, no palco do Covent Garden Theater, em Londres, Ariodante é um belíssimo dramma per musica de George Friedric Handel (1685-1759) — na estreia, a personagem central pertenceu ao castrato Giovanni Carestini. Durante muito tempo, foi também um dos mais esquecidos trabalhos do compositor, porventura como efeito remoto da sua gestação num contexto de acesa rivalidade (com a Opera of the Nobility, apoiada pelo Príncipe de Gales): Ariodante só seria verdadeiramente recuperado a partir da década de 1970, nomeadamente através de um registo de 1971, com Sabine Steffan. Nesta gravação de 1997, Anne Sofie assume a personagem de Ariodante, o príncipe apaixonado por Ginevra, filha do Rei da Escócia, vítima das maquinações de Polinesso, Duque de Albany. Com Denis Sedov, Lynne Dawson e Ewa Podles (respectivamente como o Rei, Ginevra e Polinesso), este é um registo com os Músicos do Louvre, em instrumentos da época, e respectivo coro, sob a direcção de Marc Minkowski — um álbum (triplo, com libretto) gravado ao vivo, na Salle Molière do Théâtre de Poissy, produto da mais depurada excelência técnica e artística.
>>> HANDEL, Ariodante.
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Estreado em 1735, no palco do Covent Garden Theater, em Londres, Ariodante é um belíssimo dramma per musica de George Friedric Handel (1685-1759) — na estreia, a personagem central pertenceu ao castrato Giovanni Carestini. Durante muito tempo, foi também um dos mais esquecidos trabalhos do compositor, porventura como efeito remoto da sua gestação num contexto de acesa rivalidade (com a Opera of the Nobility, apoiada pelo Príncipe de Gales): Ariodante só seria verdadeiramente recuperado a partir da década de 1970, nomeadamente através de um registo de 1971, com Sabine Steffan. Nesta gravação de 1997, Anne Sofie assume a personagem de Ariodante, o príncipe apaixonado por Ginevra, filha do Rei da Escócia, vítima das maquinações de Polinesso, Duque de Albany. Com Denis Sedov, Lynne Dawson e Ewa Podles (respectivamente como o Rei, Ginevra e Polinesso), este é um registo com os Músicos do Louvre, em instrumentos da época, e respectivo coro, sob a direcção de Marc Minkowski — um álbum (triplo, com libretto) gravado ao vivo, na Salle Molière do Théâtre de Poissy, produto da mais depurada excelência técnica e artística.
>>> HANDEL, Ariodante.