quinta-feira, novembro 28, 2019

Piano solo [8/10]



No imaginário popular da música clássica (ou deveremos dizer imaginário clássico e falar de música popular?...), a Sonata nº 8, Op. 13, de Ludwig van Beethoven, ocupa um lugar lendário e, por assim dizer, intimista. A designação de "Patética", especialmente adequada ao belíssimo Adagio cantabile (o segundo de três andamentos), consagra a sua dimensão trágica e introspectiva, mitologicamente ligada a uma depurada maturidade — curiosamente, Beethoven tinha apenas 27 anos (viveu até aos 56) quando a compôs em 1798.
Na discografia de Daniel Barenboim, a respectiva performance é indissociável de uma das referências mais emblemáticas dos seus concertos e também da sua discografia: o seu registo integral das 32 sonatas de Beethoven (compostas entre 1795 e 1822) surgiu em 1998, com chancela da EMI.
Em 2005, em oito concertos realizados ao longo de duas semanas na Staatsoper de Berlim, Barenboim interpretou as 32 composições — eis o registo da "Patética".