Mohammad Rasoulof |
As autoridades iranianas prenderam o realizador Mohammad Rasoulof — um protesto por ele assinado contra o abuso da força e a violência policial terá sido o pretexto invocado para mais este acto arbitrário contra o realizador de O Mal não Existe; outro cineasta, Mostafa Aleahmad, foi encarcerado pelo mesmo motivo.
A situação está a desencadear muitas reacções internacionais, exigindo a libertação de Rasoulof. O texto que se publica aqui em baixo é da responsabilidade conjunta da Leopardo Filmes e do Lisbon & Sintra Film Festival, entidades que têm divulgado a obra de Rasoulof no contexto português.
A situação está a desencadear muitas reacções internacionais, exigindo a libertação de Rasoulof. O texto que se publica aqui em baixo é da responsabilidade conjunta da Leopardo Filmes e do Lisbon & Sintra Film Festival, entidades que têm divulgado a obra de Rasoulof no contexto português.
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PS — Já depois do encarceramento de Rasoulof, Jafar Panahi voltou a ser preso [Libération]. No respectivo site, podemos ler a tomada de posição do Festival de Cannes.
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Mohammad Rasoulof, realizador de There Is no Evil / O Mal não Existe, Urso de Ouro no festival de Berlim em 2020, distribuído em Portugal pela Leopardo Filmes, e de a A Man of Integrity, que integrou a Selecção Oficial em Competição do LEFFEST 2017, foi preso na última sexta-feira pelas autoridades iranianas, como se pode ler numa notícia da Variety, corroborada pelos seus produtores Kaveh Farnam e Farzad Pak. O pretexto para a prisão de Rasoulof, juntamente com o realizador Mostafa Al-Ahmad, foi um protesto nas redes sociais contra o abuso da força e a violência policial [#lay_down_your_weapon] e ainda o ano de prisão a que foi condenado por ter feito o filme A Man of Integrity. Recorde-se que Rasoulof foi impedido pelas autoridades iranianas, que lhe haviam confiscado o passaporte, de se deslocar ao festival de Berlim, e foi a sua filha que recebeu em seu nome o Urso de Ouro em 2020.
Jafar Panahi |
Os protestos internacionais contra a prisão arbitrária de Mohammad Rasoulof e Mostafa Al-Ahmad têm-se alastrado, desde os directores do festival de Berlim, Mariette Riesenbeck e Carlo Chatrian, ao presidente da European Film Academy, Mike Downey. Os produtores de Rasoulof apelam à comunidade internacional, aos realizadores, produtores, distribuidores e todos os que trabalham no cinema, para uma “condenação firme das autoridades iranianas, que desrespeitam os direitos humanos e as liberdades civis dos realizadores iranianos independentes, que reprimem e pressionam de forma constante”, e exigem a sua “libertação imediata e incondicional”.