
quarta-feira, março 31, 2010
Ataque com música (e coreografia)

E mais uma ressaca...
Acontece (em Maio)
Les Ballets Russes em exposição

Pela discografia dos Bomb The Bass (3)

terça-feira, março 30, 2010
E agora o segundo capítulo...

Pode ver o teledisco dos MGMT aqui.
Mais uma reunião....
Palavras e ideias antes do concerto

Pode ler o artigo aqui.
Dia 10... a festa continua (e com extra)

(de Bowie a Gaga) – Parte 2
Centro LGBT, 10 de Abril, 21.30
A noite começa com uma sessão sobre Madonna. Segue depois a música… Ou seja, dia 10, a noite começa outra vez por ali…
Dia 10 de Abril há nova noite Pop Fora do Armário no Centro LGBT, desta vez com um extra, juntando à música para dançar uma sessão sobre Madonna promovida pelos autores deste blogue e contando com a presença de ambos. Esta será a primeira de uma série de iniciativas do género que o Sound + Vision organizará, todos os meses, em colaboração com a ILGA Portugal. A sessão assinala ainda o lançamento do novo DVD de Madonna.
Pela discografia dos Bomb The Bass (2)

segunda-feira, março 29, 2010
A "americanização" do IMDb

Tal como muitos cinéfilos de todo o mundo, sou consultor regular do site Internet Movie Database ou, mais simplesmente, IMDb. Tem as vantagens de uma acumulação de filmografias (realizadores, actores, técnicos, etc.) relativamente fiável, embora limitada por um enquadramento histórico pouco mais que medíocre, muitas vezes apoiado na proliferação de comentários (?) cuja ignorância factual ou estética surge promovida a lei universal.
Em todo o caso, os limites mais chocantes do IMDb decorrem da sua banal “americanização”. Na versão original, como nas outras versões do site (francesa, espanhola, portuguesa, etc.), a actualidade cinematográfica surge praticamente reduzida ao contexto americano e, mais do que isso, a notícias sobre “romances” e “apanhados” que rivalizam com a grosseria da mais estúpida imprensa cor de rosa. Nada contra o cinema americano, entenda-se, ainda e sempre um fascinante espaço criativo. O que está em causa é este estilo de (des)informação incapaz de se exprimir para além de uma visão frívola e pitoresca dos filmes e seus criadores.
Peter Gowland (1916 - 2010)
Foi, na idade de ouro de Hollywood, um nome de referência da fotografia das estrelas — Peter Gowland faleceu no dia 17 de Março, em Pacific Palisades, Los Angeles, contava 93 anos. Mesmo nunca tendo atingido a dimensão criativa de grandes fotógrafos clássicos como George Hurrell ou Cecil Beaton, Gowland era uma figura de grande prestígio, em particular por causa do seu trabalho didáctico (publicou diversos livros sobre a fotografia de glamour) e também pelas câmaras que criou (as célebres Gowland cameras). No seu site oficial, para além das suas imagens [exemplos aqui em baixo], podemos encontrar um historial da sua produção e das evoluções técnicas que patrocinou. Era filho de um casal de actores: Sylvia Andrew (1895-1959) e Gibson Gowland (1877-1951) — o pai foi o intérprete da personagem de John McTeague no clássico Greed (1924), de Eric von Stroheim.
Cannes 2010: o cartaz

O regresso dos Glass Candy
Uma canção (e um jogo)
Mais a Norte, com os White Stripes


Ambrose Field, esta semana em Lisboa

Crítica ao álbum.
Entrevista com Ambrose Field (parte 1).
Entrevista com Ambrose Field (parte 2).
Pela discografia dos Bomb The Bass (1)

domingo, março 28, 2010
Para repensar a ideia de "tradição"


Algumas imagens da produção apresentada no DVD que surge nesta nova gravação da Pasión Según San Marcos.
Memórias rock'n'roll

sábado, março 27, 2010
Sandra Bullock, realista

Perante a vulgaridade dos “famosos” que a televisão fabrica e a imprensa rosácea promove e arrasa com idêntico despudor, será difícil acreditar que o estatuto de estrela de cinema já foi uma coisa séria. No caso das mulheres, ser Elizabeth Taylor, Katharine Hepburn ou Bette Davis era uma arte a tempo inteiro, tecida de inteligência, glamour e mistério. Tempos houve em que a felicidade do mundo não dependia dos disparates mais ou menos alcoólicos de Paris Hilton ou da revelação dos namorados da desamparada Lindsay Lohan...
Em Hollywood, ao longo da derradeira década do século XX, tal decadência traduziu-se na proliferação de personagens “adolescentes” para quem o feminino seria, na melhor das hipóteses, uma marca de perfume. Consequência prática: a rarefacção de papéis capazes de exigir às actrizes, novas e velhas, verdadeiros trabalhos de composição. Daí o valor simbólico do Oscar atribuído a Sandra Bullock pelo papel da mãe de Um Sonho Possível. Desde logo, porque se trata de uma personagem não linear, jogando com padrões clássicos do melodrama familiar, mas escapando ponto por ponto a qualquer cliché moralista; depois, porque a sua interpretação desmente a noção simplista (viciada na histeria tecnológica do presente) segundo a qual o actor seria cada vez mais dispensável nas narrativas cinematográficas.
Tal como Robin Wright Penn, em As Vidas Privadas de Pippa Lee, ou Meryl Streep, em Amar É Complicado, Sandra Bullock vem provar que a arte de representar permanece indissociável da energia criativa de Hollywood. O facto é tanto mais importante quanto surge intimamente ligado ao retorno dos valores mais tradicionais do realismo social. Por vezes, ser conservador pode ser uma bela ousadia.
Duran Duran, 1981

Imagens de uma actuação dos Duran Duran no Top Of The Pops, em 1981, ao som de Planet Earth.
Hoje, a noite começa aqui
O complemento... em azul
'The Beatles 1966-1970' (compilação), 1973

sexta-feira, março 26, 2010
Memórias de Heath Ledger

Terry Gilliam é um criador de excessos. Mesmo naquele que me parece o seu melhor filme, As Aventuras do Barão Münchausen (1988), há um delirante gosto visual que tende a sobrepor-se a tudo o resto, limitando a consistência narrativa do seu trabalho. Já aconteceu essa consistência ser posta em causa por verdadeiras conjunturas “kafkianas”, a ponto de Gilliam ter abandonado um (primeiro) projecto de adaptação de Don Quixote, entre outras razões porque os cenários foram destruídos por uma tempestade, ao mesmo tempo que o protagonista, o francês Jean Rochefort, surgia com problemas de artrose que o impediam de... andar a cavalo (a odisseia está registada no documentário Lost in La Mancha, realizado em 2002 por Keith Fulton e Luis Pepe).
O caso de Parnassus: O Homem que Queria Enganar o Diabo ultrapassa tudo. De facto, não havia maneira “razoável” de compensar a falta de Heath Ledger. Na sequência da sua morte, a decisão de dar um salto em frente, integrando novos actores (incluindo estrelas como Johnny Depp e Jude Law), talvez só pudesse gerar este resultado: um objecto à deriva, incapaz de lidar com as maldições que sobre ele se abateram.
Que fazer com os efeitos especiais?
A conjuntura mediática e comercial favorece uma cultura de fascínio beato pela "tecnologia". Por que preço? — este texto foi publicado no Diário de Notícias (21 de Março).
Uma das consequências mais correntes, e também mais simplistas, da visão banalmente financeira do cinema é a sua redução a índices de receitas. Proliferam os números “grandes” dessas receitas, omitindo-se qualquer consideração sobre todos os outros (da produção à promoção e, mais recentemente, da reconversão das salas para a projecção digital). O cinema americano é o palco privilegiado de tal (des)informação, favorecendo um retrato triunfalista da produção que ignora, não apenas a sua diversidade, mas também os seus inevitáveis falhanços comerciais.
Escusado será dizer que não há nenhuma relação estável, muito menos racional, entre a vida económica de um filme e os juízos de valor que sobre ele possamos formular. O que se contesta é o efeito equívoco de uma certa megalomania “jornalística” que ignora a pluralidade do fenómeno cinematográfico. Por exemplo, o filme Green Zone (ainda inédito entre nós) que marca o reencontro de Paul Greengrass, da série “Bourne”, com o respectivo actor, Matt Damon: com menos de 20 milhões de dólares na semana de estreia nos EUA, Green Zone é um monumental falhanço económico, quanto mais não seja porque custou 100 milhões (o que quer dizer que se terá gasto pelo menos outro tanto na respectiva campanha publicitária). E que dizer de Visto do Céu, adaptação do best-seller de Alice Sebold [The Lovely Bones], dirigida por Peter Jackson (O Senhor dos Anéis) e recentemente lançada entre nós? Com uma receita global ainda abaixo dos 90 milhões, tendo custado 65, consegue uma performance comercial à beira do medíocre, sobretudo tendo em conta a sofisticação de meios e também o muito que foi investido no seu lançamento.Visto do Céu é tanto mais sintomático quanto a sua própria concepção artística reflecte o mesmo tipo de visão delirante do trabalho cinematográfico. Estamos perante a abordagem de uma história fantástica (uma jovem assassinada que, num limbo existencial e moral, “contempla” a vida que deixou) marcada por uma integração meramente instrumental dos efeitos especiais: Visto do Céu é mesmo um caso exemplar do modo como a atracção “tecnicista” pode reinar, a ponto de esvaziar o labor específico da narrativa, isto é, a arte de contar histórias.
Quase sempre, os modernos efeitos especiais passaram a ser apresentados como uma receita “mágica” para a sedução espectacular do cinema. É um discurso que recalca o facto de os efeitos especiais não serem uma “proeza” do século XXI, mas sim um dado inerente à história do cinema desde os seus primórdios, em finais do século XIX, com Georges Méliès. Mais do que isso: tal discurso favorece a indiferença pelos filmes menos ricos, ou mais artesanais. No contexto português, conhecemos há décadas os seus danos colaterais: exprimem-se através de um paternalismo populista que menospreza, por princípio, o trabalho dos criadores.
Record Club... O quarto episódio
Nos 90 anos de Ravi Shankar
Entre irmãos


Robin dos Bosques... em Cannes
Até finais de Abril, em Lisboa
No centenário de Akira Kurosawa (5)

quinta-feira, março 25, 2010
Em Brooklyn (mas a pensar na floresta)
John Lennon: e sai mais uma homenagem
Ao piano, e com novas canções

Imagens de um pequeno filme promocional no qual Rufus Wainwright apresenta este seu novo disco.
Um panorama... sem rede

No centenário de Akira Kurosawa (4)

quarta-feira, março 24, 2010
Robert Culp (1930 - 2010)

A televisão foi sempre o meio privilegiado de Culp, distinguindo-se em séries mais ou menos policiais como Wanted: Dead or Alive, Alfred Hitchcock Presents ou The Name of the Game. Em cinema, o momento mais importante da sua carreira terá sido Bob & Carol & Ted & Alice (1969), de Paul Mazursky, comédia dramática típica de um certo tom provocatório de uma produção americana em processo de interrogação dos seus modelos clássicos. Em 1993, Alan J. Pakula deu-lhe o papel de Presidente dos EUA, no thriller O Dossier Pelicano, com Denzel Washington e Julia Roberts. I Spy valeu-lhe algumas nomeações para os Globos de Ouro e os Emmys: nunca ganhou, mas a série foi distinguida, em 1967, com o Globo de Ouro de melhor programa de televisão — este é o genérico de I Spy.
Em câmara lenta...
Strokes em estúdio (sem Casablancas)
'Loïs' visita Porugal em Abril
Esta é uma versão editada de um texto publicado na edição de 23 de Março do Diário de Notícias, com o título, ‘Herói de Jacques Martin visita Lisboa em novo livro’.
Chama-se Portugal, e será o quinto volume criado em torno de Loïs, um herói do século XVII que foi das últimas personagens imaginadas pelo recentemente falecido Jacques Martin, o autor das aventuras de Alix. Com desenhos do português Luís Diferr, Portugal terá edição francesa, em meados de Abril, pela Casterman, devendo a edição portuguesa, pela ASA, chegar às livrarias em finais de Abril e inícios de Maio. Jacques Martin acompanhou o projecto no princípio. Mas no livro apenas a introdução é assinada por si, sendo o planeamento, o texto e os desenhos de Luís Diferr.

Ler aqui o artigo completo.
E afinal há "mudança"...

Sinais imediatos desta “vitória” política de Obama, os seus índices de popularidade voltaram a crescer. Segundo a sondagem mais recente da Gallup, (que há poucos dias mostrava um índice de aprovação de apenas 46%), Obama subiu para 51%, com o valor dos que não aprovam o seu trabalho nos 43%...
No centenário de Akira Kurosawa (3)

terça-feira, março 23, 2010
De Rhode Island (via Brooklyn)

Mais uma reunião em 2011?...
