Referência incontornável do cinema na Net, o IMDb tem de tanto de utilidade como de arbitrariedade — este texto foi publicado no Diário de Notícias (27 de Março), com o título 'Os limites do IMDb'.
Tal como muitos cinéfilos de todo o mundo, sou consultor regular do site Internet Movie Database ou, mais simplesmente, IMDb. Tem as vantagens de uma acumulação de filmografias (realizadores, actores, técnicos, etc.) relativamente fiável, embora limitada por um enquadramento histórico pouco mais que medíocre, muitas vezes apoiado na proliferação de comentários (?) cuja ignorância factual ou estética surge promovida a lei universal.
Em todo o caso, os limites mais chocantes do IMDb decorrem da sua banal “americanização”. Na versão original, como nas outras versões do site (francesa, espanhola, portuguesa, etc.), a actualidade cinematográfica surge praticamente reduzida ao contexto americano e, mais do que isso, a notícias sobre “romances” e “apanhados” que rivalizam com a grosseria da mais estúpida imprensa cor de rosa. Nada contra o cinema americano, entenda-se, ainda e sempre um fascinante espaço criativo. O que está em causa é este estilo de (des)informação incapaz de se exprimir para além de uma visão frívola e pitoresca dos filmes e seus criadores.
Tal como muitos cinéfilos de todo o mundo, sou consultor regular do site Internet Movie Database ou, mais simplesmente, IMDb. Tem as vantagens de uma acumulação de filmografias (realizadores, actores, técnicos, etc.) relativamente fiável, embora limitada por um enquadramento histórico pouco mais que medíocre, muitas vezes apoiado na proliferação de comentários (?) cuja ignorância factual ou estética surge promovida a lei universal.
Em todo o caso, os limites mais chocantes do IMDb decorrem da sua banal “americanização”. Na versão original, como nas outras versões do site (francesa, espanhola, portuguesa, etc.), a actualidade cinematográfica surge praticamente reduzida ao contexto americano e, mais do que isso, a notícias sobre “romances” e “apanhados” que rivalizam com a grosseria da mais estúpida imprensa cor de rosa. Nada contra o cinema americano, entenda-se, ainda e sempre um fascinante espaço criativo. O que está em causa é este estilo de (des)informação incapaz de se exprimir para além de uma visão frívola e pitoresca dos filmes e seus criadores.