Paul Thomas Anderson
Regresso às origens. Não apenas pelas memórias mais ou menos auto-biográficas de San Fernando Valley, zona onde Paul Thomas Anderson cresceu e continua a habitar. Também pelo reencontro com uma depuração clássica que começa na elaborada complexidade das personagens, passando, obviamente, pela naturalidade visceral dos actores (nada a ver, entenda-se, com o degradado naturalismo em que vivemos, nem com qualquer noção pueril de improvisação). Neste romance juvenil que ainda acredita em algum romantismo redentor, cabe aos intérpretes, justamente, pontuar o envolvimento emocional do espectador: Alana Haim e Cooper Hoffman são as revelações do ano.