* NO CORAÇÃO DA ESCURIDÃO, de Paul Schrader (EUA)
Ozu, Dreyer e Bresson são os cineastas que Schrader analisou na sua tese sobre "cinema transcendental", publicada em 1972. Do argumento de Taxi Driver (1976) aos muitos e notáveis títulos que escreveu e realizou, incluindo American Gigolo (1980) ou Mishima (1985), a transcendência manifesta-se no seu trabalho através da vibração da carne, da erotização dos pensamentos e de um perturbante conceito de missão. Neste caso (título original: First Reformed), Ethan Hawke interpreta um sacerdote cuja crença vacilante vai encontrar um desafio complementar na descoberta de um possível ataque terrorista montado por um dos seus paroquianos... Eis um filme descartado pelos mercados que, na sua teia de medo e desejo de redenção, será reconhecido, daqui a uma ou duas décadas, como um dos mais subtis testemunhos sobre o estado afectivo da América de Donald Trump.
ROMA
TULLY
CUSTÓDIA PARTILHADA