* CUSTÓDIA PARTILHADA, de Xavier Legrand (França)
Ah, a magia clássica do formato largo! Não necessariamente dos televisores mais ou menos futuristas, antes de um cinema que, há mais de meio século, com Elia Kazan, Nicholas Ray, etc., descobriu a tensão entre a dilatação das imagens e a vibração dos corpos. Legrand filma um divórcio atribulado a partir do ponto de vista mais problemático: vemos com os olhos da criança, não apenas a agressividade das palavras e a violência dos gestos, mas a própria decomposição afectiva (que começa por ser eminentemente física) do território da família — grande cinema do espaço.