domingo, dezembro 30, 2018

10 filmes de 2018 [3]


* ROMA, de Alfonso Cuarón (México)

Ecrã scope? Preto e branco? É verdade. Produzido e exibido pela Netflix — e também nas salas. O hibridismo da situação tornou-se um quase fetiche do audiovisual em 2018. E por boas razões. Seja como for, importa superar os limites de tal caracterização e destacar o facto de Cuarón se recolocar no interior de um sistema narrativo clássico em que o ecrã (muito grande ou muito pequeno) se vê, lê e imagina como a tela de um mundo cuja perturbação caótica acaba por ser devolvida a uma ordem primordial, poética e animista. Por isso, e muito mais, Roma é uma crónica histórica capaz de celebrar a pulsão realista como a mais bela fantasia artística.

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TULLY
CUSTÓDIA PARTILHADA