Um grande e amargo embaraço... Porquê, e para quê, refazer algumas gravações clássicas de Aretha Franklin, acrescentando-lhe as competências de uma grande orquestra?
Escusado será dizer que não são as qualidades da Royal Philarmonic Orchestra que estão em causa, muito menos a perenidade dos registos da Rainha do Soul. Escutando A Brand New Me, resta saber o que é que a intrusão da orquestra traz à singularidade de tais registos... Nada — a não ser a embaraçosa vulgaridade de um conceito "digest" da cultura popular em que, como se prova, a energia dos originais se tornou o mais fraco dos valores.
A seguir:
— o video promocional deste infeliz projecto;
— sons do single que inclui Let it Be e Son of a Preacher Man (1970), ou seja, the real thing.