Para Solange Knowles, ou apenas Solange, as comparações com a irmã (Beyoncé) surgem como inevitáveis. Mas também irrelevantes, mesmo não esquecendo que Solange chegou a participar em alguns temas do grupo Destiny's Child (liderado por Beyoncé). De facto, as suas performances, ainda que também enraizadas no mesmo glorioso património do R&B, identificam uma artista genuína, alheia a cópias ou imitações, muito menos cauções familiares.
Aí está, para o confirmar, o terceiro álbum de estúdio de Solange, A Seat at the Table, uma viagem eminentemente pessoal, atravessada por temas e referências da comunidade afro-americana. Dois belos temas podem ilustrar a maturidade dos seus propósitos: Don't Touch My Hair e Cranes in the Sky — a realização dos respectivos telediscos é partilhada com o marido, Alan Ferguson.