Nascido na Argentina, acabou por ser um dos realizadores mais internacionais do cinema brasileiro: Hector Babenco faleceu no dia 13 de Julho, em São Paulo, vítima de ataque cardíaco — contava 70 anos.
Revelado por O Fabuloso Fittipaldi (1973), documentário, co-realizado com Roberto Farias, sobre o corredor de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi, Babenco ultrapassou fronteiras com Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), retrato dramático de um rapaz nas ruas de São Paulo. A sua consagração deu-se com O Beijo da Mulher Aranha (1985), baseado no romance homónimo de Manuel Puig, drama centrado num homossexual, interpretado por William Hurt, feito prisioneiro numa ditadura da América do Sul — o filme condensa o misto de realismo e fantasia poética que sempre seduziu o realizador; obteve quatro nomeações para os Oscars, incluindo uma para Babenco, tendo valido a Hurt a vitória na categoria de melhor actor.
Com as portas abertas para a produção de Hollywood, dirigiu Jack Nicholson e Meryl Streep em Ironweed/Estranhos na Mesma Cidade (1987) e Tom Berenger em A Brincar nos Campos do Senhor (1991), filmes baseados em romances de William Kennedy e Peter Matthiessen, respectivamente. My Hindu Friend (2015), com Willem Dafoe no papel de um cineasta às portas da morte, seria o seu derradeiro trabalho [trailer].
Com as portas abertas para a produção de Hollywood, dirigiu Jack Nicholson e Meryl Streep em Ironweed/Estranhos na Mesma Cidade (1987) e Tom Berenger em A Brincar nos Campos do Senhor (1991), filmes baseados em romances de William Kennedy e Peter Matthiessen, respectivamente. My Hindu Friend (2015), com Willem Dafoe no papel de um cineasta às portas da morte, seria o seu derradeiro trabalho [trailer].
>>> Obituário no New York Times.