segunda-feira, abril 27, 2015

San Fermin: experimental, ma non troppo

Sobre os San Fermin, vale a pena fazer uma breve revisão da matéria dada:
— Auto-definindo-se como "pastiche de post-rock, chamber pop e composição clássica contemporânea", estrearam-se com o álbum homónimo, liderados por Ellis Ludwig-Leone, de Brooklyn, discípulo de Nico Muhly;
— foram uma das grandes revelações de 2013;
— começaram este ano a revelar temas do seu segundo registo, Jackrabbit, além do mais apoiados numa sofisticada iconografia animal.
Pois bem, Jackrabbit aí está [para escutar aqui em baixo, na íntegra], com chancela da Downtown Records, superando de forma brilhante a "maldição" do segundo álbum: são sons que podemos classificar como "alternativos", "barrocos" e "sinfónicos". Mas são, sobretudo, composições que conservam uma paixão pelo modelo-canção, sem que isso as impeça de possuir o intimismo de uma antiga música de câmara, a par de um sereníssimo gosto experimental. Na primeira estrofe de Philosopher, a voz cristalina de Charlene Kaye diz assim:

When I grow up, I think that I can be an actress
I'll let the camera find the truth
In these little eyes
And I could feel what it was like to be electric
And let the people hear me scream and shout
With this little mouth


>>> Site oficial de San Fermin.