Foi um dos símbolos femininos do cinema italiano das décadas de 1950/60: Virna Lisi faleceu em Roma, a 18 de Dezembro, vítima de cancro — contava 78 anos.
Títulos como A Mulher de Quem se Fala (1957), de Francesco Maselli, ou Gigantes de Roma (1961), de Sergio Corbucci, popularizaram a sua figura, abrindo-lhe caminho para outros contextos de produção. Em língua inglesa, fez, por exemplo, Eva (1962), sob a direcção de Joseph Losey, começando depois a surgir em produções americanas, como Como Matar a Sua Mulher (1965), de Richard Quine, e Assalto ao Queen Mary (1966), de Jack Donohue, contracenando, respectivamente, com Jack Lemmon e Frank Sinatra. Algum descontentamento com uma certa tipificação de "loura fatal" levou-a a regressar à produção europeia, acabando por consolidar a sua carreira como uma das mais populares actrizes italianas. Recebeu um primeiro prémio David Di Donatello, de melhor actriz, com Duas Mulheres, o Mesmo Destino (1980), de Alberto Lattuada; viria ainda a ser distinguida, na categoria de actriz secundária, com Febre Louca dos Anos 60 (1983), de Carlo Vanzina. Em 1984, o papel de Catarina de Médicis em A Rainha Margot, de Patrice Chéreau, valeu-lhe o prémio de interpretação feminina no Festival de Cannes [trailer]. Latin Lover, uma realização de Cristina Comencini ainda por estrear, foi o seu derradeiro filme.
>>> Obituário no Variety.