sábado, setembro 20, 2014

Queer Lisboa 18 - dia 2


O segundo dia do Queer Lisboa 18 apresenta, além do arranque das secções competitivas do festival, o início das retrospetivas dedicadas ao cinema de John Waters (na Cinemateca) e Ron Peck (no São Jorge), assim como o arranque da secção Queer Focus (que decorre na Cinemateca Portuguesa), que este ano procura dar-nos uma série de pontos de vista africanos sobre questões da sexualidade e identidade de género em África. Fiquemos com o que nos contam as sinopses destes filmes:

Polyester, de John Waters: Francine Fishpaw é uma dona de casa suburbana de classe média em Baltimore. Infelizmente, para esta "boa mulher cristã", o dinheiro que sustenta o seu estilo de vida vem dos filmes pornográficos do seu marido. Os seus vizinhos reclamam do ruído, o seu filho é o conhecido "Calcador de Baltimore", a sua filha é engravidada por um bandido local e o seu marido está a ter um caso com a secretária. - Cinemateca, 21.30

Nighthawks, de Ron Peck: Nighthawks é a história de Jim, um professor de geografia numa escola londrina. A viver sozinho num apartamento apertado, a sua sexualidade é um segredo meio aberto a todos, menos aos seus alunos e aos seus pais, ele passa as noites em bares e discotecas gay a procurar em vão o homem certo. Uma sucessão de relacionamentos acabam após duas ou três semanas, e a única estabilidade na sua vida são o seu trabalho e a sua amizade florescente com uma professora substituta, Judy. Ambos estão sob ameaça enquanto o desespero silencioso de Jim ferve em direcção à superfície. - Cinema S. Jorge, 19.15

Touki Bouki, de Djibril Diop Mambety: Com uma deslumbrante mistura entre surreal e naturalista, Djibril Diop Mambety pinta um vívido e fracturado retrato do Senegal no início dos anos 70. Nesta fantasia dramática influenciada pela Nouvelle Vague, dois amantes anseiam trocar Dakar pelo glamour e prazeres de França, mas o seu plano de fuga sofre complicações tanto reais como místicas. Caracterizado por um imaginário e música deslumbrantes, este excêntrico e meditativo Touki Bouki é vastamente considerado um dos filmes africanos mais importantes de sempre. - Cinemateca 19.00


Além destes três clássicos, entre a programação de títulos recentes (e em competição) surgem, entre outros:

Rosie, de Marcel Gisler: Lorenz Meran, de 40 anos, é um bem-sucedido autor gay a sofrer de um bloqueio criativo, que tem que abandonar Berlim e regressar ao Este da Suíça quando a sua já idosa mãe dá entrada no hospital depois de uma queda. Ele encontra-se preso na localidade remota de Altstätten, a sua cidade natal, enfrentando o facto de a adorável Rosie recusar qualquer tipo de ajuda ou querer ir para um lar. Apanhado na caótica batalha de Rosie para manter a sua independência e sentido de dignidade, disputas familiares e segredos há muito escondidos, Lorenz quase que falha em reparar que o amor lhe bateu à porta. Rosie é um estudo divertido e comovente das relações humanas. - São Jorge, 17.15 

Castanha, de Davi Pretto: João é um actor de 52 anos que vive com a sua mãe de 72, Celina. Ele passa o seu tempo entre o trabalho nocturno travestido em pequenos bares gay e os papéis que vai conseguindo em peças de teatro, filmes e televisão. Atormentado pelos fantasmas do passado, o dia-a-dia de João começa a misturar-se com o que ele vive e o que interpreta.- São Jorge, 19.30 

Xenia, de Panos H Koutrass: Depois da morte da mãe, Dany, de 16 anos, deixa Creta para se juntar ao seu irmão, Odysseas, que vive em Atenas. Nascidos de uma mãe albanesa e um pai grego que nunca conheceram, os dois irmãos - estranhos no próprio país -, decidem ir a Salónica procurar o seu pai e forçá-lo a reconhecê-los oficialmente. Ao mesmo tempo, em Salónica, acontece a selecção para o programa de culto “Greek Star”. Dany sonha que o seu irmão Odysseas, um cantor dotado, possa tornar-se a nova estrela do concurso, num país que se recusa a aceitá-los. - São Jorge, 22.00

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