sexta-feira, dezembro 13, 2013

Jessica Chastain, o ser e o estar

Há em Jessica Chastain uma modernidade que é, toda ela, uma celebração do primitivo. Dito de outro modo: a presença da actriz, já duas vezes nomeada para os Oscars (secundária em As Serviçais; principal, em Zero Dark Thirty), envolve uma sofisticada filiação num modelo de star que provém dos tempos mais remotos de Hollywood, evocando a exuberância gelada de Garbo e a sua perene utopia. Na edição de Dezembro da Vogue americana, Annie Leibovitz fotografou-a nessa condição estranhamente terrena em que a transparência do estar nos remete sempre para o carácter enigmático do ser — to be or not to be.