Morreu ontem aos 68 anos, vítima de um cancro num pulmão, o realizador de cinema, mas também ator e encenador de teatro e de ópera, Patrice Chéreau. Nascido numa família de pintores em 1944, começou pelos palcos, tendo-se destacado ainda muito jovem, quando integrava o grupo de teatro do liceu em Paris onde estudava.
No cinema estreou-se em 1974, com A Rapariga da Orquídea, encetando uma obra que, tal como nos palcos, vincou marcas autorais.
(em atualização)
Três imagens para recordar três filmes marcantes de Patrice Chéreau. Em primeiro, L’Homme Blessé, filme de 1983 que lhe valeu um César pela coautoria do argumento e que representou a sua estreia na seleção oficial em Cannes. Em segundo A Rainha Margot (1994) talvez o mais mediático dos seus filmes, onde se propõe uma visão de época (na corte francesa em finais do século XVI) que escapa ao glamour habitual em muitas reconstituições históricas. Em terceiro o superlativo Quem Me Amar Irá de Comboio (1998) no qual não esqueço uma sequência assombrosa, ao som do adágio da Sinfonia Nº 10 de Gustav Mahler.