segunda-feira, dezembro 24, 2012
Figuras de 2012: Malala Yousafzai
Aos 15 anos de idade, a paquistanesa Malala Yousafzai é um símbolo da luta do conhecimento contra a ignorância. Ativista pelo direito das mulheres à educação – direito universal que é por vezes negado pelos talibã – a pequena Malala ganhou visibilidade primeiro com um blogue (que assinou sob pseudónimo) depois em entrevistas onde defendeu as suas posições. A 12 de outubro foi baleada numa tentativa de assassinato. Salva pela medicina, a sua voz acabou por chegar ainda mais longe. Mas nós, neste canto ocidental do mundo, não julguemos a opressão e a visão talibã como coisa que se esgota por estes lados. Basta ter ouvido os extremismos intolerantes e ignorantes de alguns dos candidatos à nomeação pelo Partido Republicano às presidenciais norte-americanas para o reconhecer. E se julgávamos escandaloso que a impensável impreparação de uma vigura como Sarah Palin chegasse a uma candidatura vice-presidencial em 2008, as palavras de um Herman Cain, uma Michele Bachmann ou um Rick Santorum moram entre as memórias mais assustadoras de 2012. E que, pelo patamar a que chegaram, não são menos assustadoras que a violência que fez da pequena Malala Yousafzai uma das figuras do ano.