Carl Philipp Emanuel Bach
Depois dos dois ataques cardíacos que sofreu em 2018, Keith Jarrett deixou de tocar, está mesmo impossibilitado de usar a mão esquerda no seu piano. É uma condição que ele vive, paradoxalmente ou não, numa intimidade feliz com a música — a conversa com Rick Beato, reproduzida aqui em baixo, é esclarecedora e emocionalmente contagiante.
Entretanto, a ECM tem promovido o relançamento de alguns títulos emblemáticos da sua discografia, incluindo o registo triplo que reúne os lendários concertos de Bremen e Lausanne, em 1973. O álbum Carl Philipp Emanuel Bach foi uma novidade absoluta e, no seu misto de precisão e liberdade, merece, neste balanço de 2023, o epíteto de disco do ano.
Trata-se, de facto, de uma gravação que permaneceu inédita, apesar de ter sido realizada há quase três décadas — aconteceu em maio de 1994, no espaço caseiro do próprio Jarrett, Cavelight Studio. As célebres Württemberg Sonatas surgem, assim, como matéria de um verdadeiro renascimento, de uma só vez técnico e sensual, intimista e universal. Ou como ele disse: “Ouvi as sonatas tocadas por cravistas e senti que havia espaço para uma versão de piano" — eis o primeiro movimento, Moderato, da Sonata nº 1.
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