sexta-feira, maio 14, 2021

Maria João Abreu (1964 - 2021)

[ DN ]
Actriz de multifacetado talento, combinando método e instinto, Maria João Abreu faleceu no dia 13 de maio, no Hospital Garcia de Orta, em Almada, na sequência de complicações relacionadas com um aneurisma cerebral — contava 57 anos.
Estreou-se no teatro em 1983, aí encontrando as bases de uma versatilidade dramática e um respeito pelo texto que se reflectiria em toda a sua carreira. Mais do que isso: a sua vocação para o teatro de revista fez dela um dos derradeiros símbolos de uma tradição que, infelizmente, tem vindo a esvaziar-se, sendo os seus terrenos ocupados (e decompostos) pelo sistema normativo da telenovela.
Manteve uma actividade constante, entre o palco e o pequeno ecrã, marcando também presença no cinema, nomeadamente em títulos como António Um Rapaz de Lisboa (1999), de Jorge Silva Melo, A Falha (2001), de João Mário Grilo, Call Girl (2007),de António-Pedro Vasconcelos, Cartas da Guerra (2016), de Ivo Ferreira, ou A Mãe É que Sabe (2016), de Nuno Rocha. Entre os seus derradeiros trabalhos teatrais, incluem-se Boas Pessoas (Teatro Aberto, 2015), As Árvores Morrem de Pé (Politeama, 2016) e Fenda (Companhia de Teatro de Almada, 2019).
 
>>> Quadro de Tem a Palavra a Revista [Teatro Maria Vitória, 2000] + trailer de A Mãe é que Sabe.
 


>>> Obituário no Expresso.
>>> "Uma viagem pelos quase 40 anos de carreira da atriz Maria João Abreu" [SIC].
>>> Maria João Abreu, Instagram.