[Academia Portuguesa de Cinema] |
Realizador das longas-metragens Pedro Só (1971) e Bárbara (1980), Alfredo Tropa faleceu no dia 4 de Julho — contava 81 anos.
Tendo sido um dos fundadores do Centro Português de Cinema, em 1969, o seu nome é indissociável do espírito do Cinema Novo, ainda que o capítulo mais vasto do seu trabalho pertença à televisão pública. Foi, de facto, na RTP que consolidou e desenvolveu o seu gosto documental, tendo ficado associado a uma das principais produções da primeira metade da década de 70: a série de investigação musical e etnográfica Povo que Canta (emitida entre 1971 e 1974), de Michel Giacometti, cuja realização assinou.
De alguma maneira, Pedro Só, com que se estreou na longa-metragem cinematográfica, reflecte uma lógica dramática também inseparável de componentes de natureza documental — na sua origem está Pedro, Romance de um Vagabundo, livro de Manuel Mendes editado em 1954.
Muito empenhado na defesa do património audiovisual, dirigiu os Arquivos e Documentação da RTP. No ano 2000, o Presidente Jorge Sampaio condecorou Alfredo Tropa com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Nos Prémios Sophia, atribuídos pela Academia Portuguesa de Cinema e agendados para 17 de Setembro, iria ser homenageado pela sua carreira.
>>> Obituário no Diário de Notícias.