domingo, dezembro 15, 2019

Danny Aiello (1933 - 2019)

Se ser secundário é uma arte específica, Danny Aiello foi um dos seus mais requintados especialistas: o actor americano faleceu no dia 12 de Dezembro, em New Jersey – contava 86 anos.
Depois de ter passado pelas mais diversas actividades, incluindo as funções de segurança em The Improv (um célebre clube de comédia, por onde passaram nomes como Milton Berle, Billy Crystal ou Liza Minnelli), Aiello só começou a ter uma actividade regular em cinema no começo dos anos 70, estreando-se com três títulos exemplares: Toca o Tambor Devagar (1973), de John D. Hancock, O Padrinho - Parte II (1974), de Francis Ford Coppola, e O Testa de Ferro (1976), de Martin Ritt.
A sua filmografia de muitas dezenas de títulos é tanto mais impressionante quanto, de facto, a sua versatilidade lhe permitiu aparecer nos registos mais contrastados. Na década de 80, vale a pena destacar Era Uma Vez na América (1984), de Sergio Leone, A Rosa Púrpura do Cairo (1985) e Os Dias da Rádio (1987), ambos de Woody Allen, O Feitiço da Lua (1987), de Norman Jewison, e Não Dês Bronca (1989), de Spike Lee — este último valeu-lhe uma nomeação para o Oscar de melhor actor secundário.
Vimo-lo ainda, por exemplo, em Léon, o Profissional (1994), de Luc Besson, Prêt-à-Porter (1994), de Robert Altman, ou A Sombra da Corrupção (1996), de Harold Becker. Presença sempre visceral e transparente, Aiello surgiu mesmo no peculiar registo do teledisco, em Papa Don't Preach (1986), de Madonna, dirigido por James Foley, assumindo a personagem do pai que toma conhecimento da gravidez da filha. Com carreiras paralelas no teatro e na música (interpretando, sobretudo, standards americanos), deixou por estrear a comédia One Moment, de Deirdre O'Connor.

>>> Teledisco de Papa Don't Preach + trailer de O Feitiço da Lua + cena de Não Dês Bronca.






>>> Obituário em The Hollywood Reporter.