Que factos podem explicar a fraqueza comercial de muitos filmes europeus no interior da própria Europa? Muitos e muito complexos. De tal modo que será sempre gratuito reduzir o problema a uma mais ou menos vingativa atribuição de "culpas".
Registe-se, em qualquer caso, um fenómeno recorrente. A saber: o tratamento ultra-discreto (para não dizer a omissão) a que, pela Europa fora, são sujeitos os anuais Prémios de Cinema Europeu, promovidos pela Academia de Cinema Europeu. Assim voltou a acontecer com a divulgação dos respectivos nomeados, este sábado, no Festival de Cinema Europeu de Sevilha. Eis os seis títulos que concorrem ao prémio de melhor filme de 2019 (os títulos sublinhados já foram lançados no mercado português):
J'ACCUSE, de Roman Polanski (França/Itália)
OS MISERÁVEIS, de Ladj Ly (França)
DOR E GLÓRIA, de Pedro Almodóvar (Espanha)
SYSTEMSPRENGER, de Nora Fingscheidt (Alemanha)
A FAVORITA, de Yorgos Lanthimos (Irlanda/Reino Unido)
O TRAIDOR, de Marco Bellocchio (Itália/Alemanha/França/Brasil)
A produção portuguesa está representada por duas nomeações na categoria de melhor curta-metragem: Cães que Ladram aos Pássaros, de Leonor Teles, e Les Extraordinaires Mésaventures de la Jeune Fille de Pierre (coprodução com a França), de Gabriel Abrantes.
No site da Academia está disponível a lista completa de nomeações.