Olga Tokarczuk e Peter Handke [desenhos: Niklas Elmehed / NOBEL] |
Não um, mas dois prémios Nobel da Literatura. Corrigindo a "falha" de 2018, motivada por convulsões internas da Academia Sueca, foram hoje divulgados os eleitos:
— OLGA TOKARCZUK [2018], escritora polaca distinguida "por uma imaginação narrativa que, com enciclopédia paixão, representa a superação dos limites como uma forma de vida".
— PETER HANDKE [2019], autor austríaco, escritor, dramaturgo, argumentista, cineasta, a quem foi reconhecido o poder influência de um "trabalho que, com engenho linguístico, tem explorado as margens e a especificidade da experiência humana".
Lembremos, em particular, o labor cinematográfico de Peter Handke, desde logo como argumentista de Wim Wenders — incluindo o clássico As Asas do Desejo (1987) e o mais recente Os Belos Dias de Aranjuez (2016), este tendo como base a sua peça homónima — e também como singularíssimo realizador, nomeadamente em A Mulher Canhota (1978), a partir do seu romance.
Handke tem sido convidado frequente do LEFFEST, nomeadamente na edição de 2016, por ocasião da passagem da cópia restaurada de A Mulher Canhota — desse ano, eis o registo da sua conversa com Paulo Branco.