Falecido a 6 de Junho, contava 77 anos, Dr. John deixou uma herança plural em que a carreira em nome pessoal se cruza com inúmeras alianças artísticas, numa dinâmica criativa em que o património de blues e da sua cidade natal (Nova Orleães) se cruza com matrizes de pop, rock e jazz. Da sua estreia discográfica, com o álbum Gris-Gris (1968), até colaborações exemplares com nomes como Van Morrison (A Period of Transition, 1977), Ringo Starr (Ringo Starr and His All-Starr Band, 1990) ou Spiritualized (Ladies and Gentlemen We Are Floating in Space, 1997), a sua arte, mesmo nas nuances mais dramáticas, é sempre indissociável de uma contagiante alegria da performance. De seu nome verdadeiro Malcolm John Rebennack, deixa uma herança de genuína versatilidade, de humilde grandiosidade — eis três momentos da sua trajectória.
>>> Such a Night, concerto de despedida de The Band — A Última Valsa (1976), de Martin Scorsese.
>>> Iko, Iko — Festival de Montreux, 1995.
>>> Revolution, álbum Locked Down (2012).
>>> Obituário na Rolling Stone.