[ The Hollywood Reporter ] |
Oscarizado pelo seu trabalho em The French Connection/Os Incorruptíveis Contra a Droga (1972), Jerry Greenberg faleceu no dia 22 de Dezembro — contava 81 anos.
De seu nome verdadeiro Gerald B. Greenberg, afirmou-se nos anos 60, numa paisagem de profundas transformações das estruturas de produção — e respectivas matrizes narrativas — de Hollywood, como discípulo de Dede Allen, personalidade nuclear na gestação de novos conceitos de espaço/tempo da (e para a) montagem. Com ela trabalhou como assistente em América, América (1963), de Elia Kazan, e Bonnie e Clyde (1967), de Arthur Penn, estreando-se como montador principal em Bye Bye Braverman (1968), de Sidney Lumet. Com Os Rapazes do Grupo (1970), filme pioneiro na superação dos clichés de representação das relações homossexuais, iniciou uma especial colaboração com o realizador William Friedkin que culminaria, precisamente, em The French Connection: a perseguição de um comboio de Nova Iorque por um automóvel conduzido por Gene Hackman entrou para a galeria das maiores proezas da história da montagem, tal como, mais tarde, o tiroteio na escadaria da grande estação ferroviária (Union Station) de Chicago, em Os Intocáveis (1987), de Brian De Palma.
Greenberg foi ainda responsável pela montagem de filmes como Alta tensão em Nova Iorque (1974), de Joseph Sargent, Kramer contra Kramer (1979), de Robert Benton, e Vestida para Matar (1980), de Brian De Palma. O seu nome surge também, por exemplo, nas equipas de montadores de Apocalypse Now (1979), de Francis Ford Coppola, Reds (1981), de Warren Beatty, ou América Proibida (1998), de Tony Kaye. Em 2015, a associação de montadores do cinema dos EUA, American Cinema Editores, homenageou-o com um prémio de carreira.
>>> Extracto da perseguição em The French Connection + o Oscar de The French Connection + extracto da cena da escadaria em Os Intocáveis.
>>> Obituário no site Deadline.
>>> Tributo da American Cinema Editors.