Good Time é um thriller dos irmãos Ben e Joshua Safdie, apresentado, em Maio, na competição de Cannes. Filme menor, a meu ver, confundindo acção com multiplicação de agitação visual, mas com dois elementos a ter em conta:
— primeiro, a esforçada composição de Robert Pattinson, porventura capaz de ganhar alguma evidência no final do ano, na próxima temporada de prémios;
— depois, a brilhante banda sonora original, assinada por Oneohtrix Point Never (aliás, o talentoso Daniel Lopatin, compositor e produtor de uma música electrónica de estranha envolvência poética, cuja intensidade nasce, por vezes, de um obsessivo minimalismo); nela se inclui uma canção de desencantado romantismo, The Pure and the Damned, interpretada por Iggy Pop, também ele em tom minimalista.
Love, make me clean
Love, touch me, cure me
The pure always act from love
The damned always act from love
Every day I think about untwisting and untangling these strings I'm in
And to lead a pure life
I look ahead at a clear sky
Ain't gonna get there
But it's a nice dream, it's a nice dream
Death, make me brave
Death, leave me swinging
The pure always act from love
The damned always act from love
The truth is an act of love
Some day, I swear, we're gonna go to a place where we can do everything we want to
And we can pet the crocodiles
Love
The pure always act from love
The damned always act from love
That's love
The pure always act from love
That's love
The pure and the damned
The pure and the damned
Love
The damned