Morreu um gigante do jazz: o saxofonista americano Phil Woods faleceu no dia 29 de Setembro em East Stroudsburg, Pensilvânia — contava 83 anos.
Ironicamente, a fama de Woods está mais associada a algumas colaborações em temas de criadores do pop rock, em particular Paul Simon (Have a Good Time, 1975) e Billy Joel (Just the Way You Are, 1977). Em qualquer caso, o essencial da sua actividade corresponde a um capítulo de excelência na história do jazz, em particular do saxofone (tocava também clarinete), do qual, na senda do bebop, soube extrair fraseados tão elegantes quanto misteriosos — era muitas vezes citado como o herdeiro directo de Charlie Parker (1920-1955), o que lhe valeu o cognome de "the new Bird" (foi casado com Chan Parker, viúva de Charlie Parker).
Ganhou quatro Grammys, o primeiro dos quais para o álbum Images (1975), para a melhor performance de uma banda de jazz. The Young Bloods (1956), Musique du Bois (1974) ou Dizzy Gillespie Meets Phil Woods Quintet (1986) são apenas alguns dos títulos emblemáticos da sua discografia. Gravou, entre outros, com Kenny Burrell, Bill Evans, Quincy Jones (no álbum The Quintessence, 1962), Thelonious Monk e Oliver Nelson. Em 2007, o National Endowment for the Arts atribuiu-lhe o título de 'Jazz Master'.
>>> Dois registos de Phil Woods: o primeiro, Airegin [apenas som], é uma composição de Sonny Rollins integrada no álbum Musique du Bois; o segundo, My Man Benny, composto pelo próprio Woods e dedicado a Benny Carter, pertence a My Man Benny, My Man Phil, álbum de colaboração dos dois saxofonistas — este é um registo de 2010, com a Barcelona Jazz Orquestra.
>>> Obituário no New York Times.