segunda-feira, agosto 25, 2014

Richard Attenborough (1923 - 2014)

Actor, produtor e realizador, a sua actividade cobriu mais de meio século da história do cinema inglês, tendo chegado a dirigir o British Film Institute, entre 1981 e 1992: Richard Attenborough faleceu no dia 24 de Agosto — contava 90 anos.
As audiências internacionais só o terão descoberto em 1963, quando participou em A Grande Evasão, de John Sturges, um filme de guerra em tom de aventura, com um elenco que incluía Steve McQueen, James Garner, Donald Pleasance e Charles Bronson. O certo é que Attenborough era já um dos principais "actores de composição" (character actors) da produção inglesa, revelado num pequeno papel em In Which We Serve/Sangue, Suor e Lágrimas (1942), de Noel Coward e David Lean.
Brighton Rock (1947), de John Boulting, segundo Graham Greene, e Violador de Rillington (1971), de Richard Fleischer, um popular thriller sobre um "serial killer", são momentos marcantes de uma actividade criativa que, a partir de certa altura, integrou também a realização. Attenborough estreou-se a dirigir com a comédia musical sobre a Primeira Guerra Mundial Oh! What a Lovely War/Viva a Guerra! (1969), tendo realizado vários filmes biográficos: O Jovem Leão (1972), sobre a juventude de Winston Churchill; Grita Liberdade (1987), sobre o activista negro Steve Biko; Gandhi (1982), sobre o líder pacifista da Índia, consagrado com oito Oscars (incluindo melhor filme e melhor realização); e Chaplin (1992), sobre Charles Chaplin — porventura o seu trabalho mais depurado, este último valeu a Robert Downey Jr. uma nomeação para o Oscar de melhor actor.


Para os espectadores mais jovens, Attenborough será, antes do mais, o cientista empenhado em devolver os dinossauros ao planeta Terra, em Parque Jurássico (1993) e na respectiva sequela O Mundo Perdido (1997), ambos sob a direcção de Steven Spielberg. Entre os seus derradeiros trabalhos como actor, incluem-se Hamlet (1996), de Kenneth Branagh, e Elizabeth (1998), de Shekhar Kapur.

>>> Obituário na BBC.