Cada vez mais, o mercado dos chamados smartphones organiza-se como um prolongamento das mais diversas plataformas informativas e/ou comerciais. Assim, a Amazon, na origem um grande armazém virtual (para comercializar coisas pré-históricas, bizarras e fascinantes como livros...), passou a ter o seu próprio smartphone — chama-se Fire Phone e, entre outras singularidades técnicas, proporciona o acesso a muitas imagens em 3D.
Fotografias, video, música, etc., o Fire Phone tem tudo o que passou a fazer parte do caderno de encargos destes objectos omnipresentes no nosso quotidiano [notícia na Time]. E tem também, como seria inevitável, acesso a muitos conteúdos vendidos na Amazon. Com este detalhe: o Fire Phone está equipado com um sistema que permite fazer o scanning dos mais variados objectos — incluindo imagens de programas de televisão —, de modo a que os serviços da Amazon possam responder informando da sua disponibilidade para venda... Ou como os novos territórios da comunicação entre indivíduos são indissociáveis de toda uma nova cultura do consumo, quer dizer, de novos e elaborados (des)equilíbrios entre oferta e procura.