O realizador, de origem ucraniana mas com vida hoje sedeada em Moscovo, passou 104 dias em volta de um desses gasodutos, partindo da Sibéria rumo à Alemanha. O filme documenta esse percurso, e revela sobretudo como os povos, paisagens e mesmo os animais que as habitam acabam por sublinhar diferenças que não são apenas coisa do presente mas também resultado dos ecos da história de cada gente e de cada lugar. As grandes estátuas douradas que assinalam o labor de quem fez e trabalha no gasoduto são um ponto de partida para um percurso que guarda um plano político num plano implícito, concedendo à câmara espaço para observar sem muito interferir.