Em contagem decrescente para a noite de entrega dos Óscares vamos lançando olhares e ideias sobre os nomeados. Hoje apresento escolhas pessoais nos campos habitualmente descritos como “técnicos”...
Há um claro candidato a brilhar em muitas das categorias “técnicas” para as quais está nomeado. Trata-se do belíssimo Gravidade, de Alfonso Cuarón que este ano, quem sabe, quebrará aquela má relação histórica dos Óscares com o cinema de ficção científica no que diz respeito aos prémios vistos como os mais “nobres” (leia-se realização e Melhor Filme). Verdadeiro marco na história do cinema de ficção científica e importante herdeiro de um registo realista e minimalista que tem por paradigma o mítico 2001: Odisseia no Espaço de Kubrick, Gravidade merece as distinções nas categorias de Fotografia, Montagem, Mistura de Som e Efeitos Visuais. Na verdade, o único Óscar “mal” atribuído ao filme será o da Banda Sonora, caso venha a acontecer...
Entre este pequeno mundo de muitas categorias que representam esforços técnicos e criativos sem os quais os filmes não seriam o que são, O Clube de Dallas merece vencer na caracterização, O Grande Gatsby no Guarda Roupa, Quando Tudo Está Perdido na Montagem de Som e Her – Uma História de Amor seria o grande merecedor do trabalho de Cenografia (área que se enquadra na categoria de Production Design).
Seriam estes os prémios mais justos? São as escolhas em função das nomeações. Mas não compreendo como A Essência do Amor, de Terrence Malick não surge entre os nomeados para Melhor Fotografia e Melhor Montagem quando, na verdade, foi o filme do ano passado com mais espantosos feitos nestas duas áreas.
Melhor Fotografia – Gravidade
Melhor Montagem – Gravidade
Melhor Caracterização – O Clube de Dallas
Melhor Guarda Roupa – O Grande Gatsby
Melhor Cenografia – Her – Uma História de Amor Melhor Mistura Sonora – Gravidade
Melhor Montagem de Som – Quando Tudo Está Perdido
Melhores Efeitos Visuais – Gravidade