quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Bergman x 17 (6)

O SÉTIMO SELO (1957)
Grande acontecimento em Lisboa e Porto (e mais algumas cidades): a apresentação de 17 filmes de Ingmar Bergman (1918-2007), a maior parte em cópias restauradas — razões de sobra para rever algumas imagens emblemáticas da filmografia do mestre sueco.

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Bengt Ekerot interpretando a personagem da Morte — provavelmente, nenhuma imagem contribuiu tanto para consolidar o apelo simbólico, mais ou menos esotérico, de alguns trabalhos de Bergman na década de 50. Mais do que isso, e paradoxalmente: nenhuma imagem terá tido um papel tão simplista e redutor na percepção corrente do universo do cineasta. Distinguido com o prémio especial do júri, em Cannes, O Sétimo Selo é menos um mergulho angustiado no silêncio das trevas (como muitos outros filmes de Bergman viriam a ser) e mais um exercício lúdico com a própria possibilidade de representação do invisível — afinal de contas, Antonius Block, o cavaleiro medieval interpretado por Max von Sydow passa o tempo a jogar xadrez com a Morte...