quarta-feira, novembro 06, 2013
Nova vida de Astérix mantém linha clássica
Chegou há poucas semanas e anunciou uma nova etapa na vida do gaulês mais célebre de todos os tempos (sim, mais mesmo que o chefe Verciongetorix que se rendeu a Júlio César). O primeiro Astérix sem Goscinny (que morreu ainda nos anos 80) e, agora, sem Uderzo, afinal tem sabor a coisa “clássica”.
É para Norte que Astérix e Obélix partem desta vez. Rumo à Escócia, à terra dos Pictos. Em Astérix entre os Pictos encontramos mais uma narrativa de viagem, que cruza a descoberta de novos povos (e seus costumes) com a tradicional presença de umas guarnições romanas, a habitual carne para murro (não se usam ali canhões). Um chefe de clã – o MacAbro – que se alia aos romanos vai afinal conhecer inesperados adversários em Astérix e Obélix, que encontram, num bloco de gelo, um picto que surge afetado por um problema de fala que o faz mais entoar mais canções pop que dizer palavras... Tudo isto mais o apetite voraz do costume (mas sob culinária escocesa, onde não falta a “água de malte”), as discussões entre os protagonistas e um piscar de olho da moda gaulesa aos padrões de xadrez dos pictos... Com um traço fiel à linha clássica e uma narrativa em tudo na linha de muitos álbuns anteriores, Astérix Entre Os Pictos não está ao nível de títulos de referência da série como O Domínio dos Deuses, Astérix e Cleópatra ou Astérix Legionário. Acompanhado pelo próprio Uderzo (como Jacques Martin fez com alguns dos álbuns de Alix já sem a sua intervenção protagonista), o livro assegura uma transição em continuidade. Mas fiquemos atentos às cenas dos próximos capítulos.