Bom... Não é todos os dias que uma canção tem o nome de um blogue (ou será o contrário... ah, pois...)... Na verdade não é preciso gastar muito tempo a pensar porque chamámos Sound + Vision ao Sound + Vision. O nome, é claro, vem da memória desta canção.
Lançado em janeiro de 1977 Low confirmava (e levava ainda mais adiante) a sede de descoberta e mudança que Bowie indiciara em Station To Station no ano anterior. Mudança na sua vida pessoal, mudando-se de Los Angeles para Berlim, procurando abandonar as dependências que haviam feito dos últimos anos da sua vida uma quase assombração. Mudança também na música, expressando mais que nunca a assimilação do trabalho com sintetizadores, a colaboração (célebre) com Brian Eno revelando-se fundamental na criação deste e dos dois outros discos seguintes (que frequentemente são referidos como a sua trilogia berlinense).
Um mês depois de editado o álbum chegou o single. E a primeira escolha do alinhamento de Low para rodar a 45 rotações foi Sound and Vision, uma canção que Bowie tinha trabalhado inicialmente no plano instrumental, só gravando a voz no fim, quase sem ninguém por perto, no estúdio. O single, com o instrumental A New Career in a New Town, transformou-se num clássico instantâneo e deu mesmo a Bowie o seu maior êxito no Reino Unido desde 1973.
Imagens da atuação de Bowie na Sound and Vision Tour de 1990, em Tóquio, ao som de... Sound and Vision.
... e agora uma leitura de Beck a 360 graus
Além da versão de David Bowie são muitas as leituras já criadas de Sound and Vision. E recordamos aqui uma que foi apresentada por Beck num concerto especial no qual o músico se encontrava no centro da arena, com instrumentistas e coros em seu redor, definindo uma noção de projeção de som a 360 graus.
Podem ler aqui mais sobre a 360 Experience de Beck.