O segundo filme com a “geração seguinte” a bordo da Enterprise D foi o mais bem sucedido dos quatro realizados com a tripulação comandada por Jean-Luc PIcard.
Não podemos comparar o sucesso televisivo da série Star Trek: The Next Generation com o da série original que lançara a saga nos anos 60. Por um lado há os valores das audiências, magras para a série original, mas expressivas para o spin off nascido no final dos anos 80. Por outro há o impacte cultural, da memória algo mitificada da geração original à mais rotineira presença da tripulação da outra geração que, apesar das narrativas exploradas nos episódios, dos novos universos criados e das personagens, em nada se compara ao culto que a série original definiu. O segundo filme da “next generation” foi contudo aquele que mais de perto traduziu os feitos da nova série, na verdade não sendo senão uma sequela direta de um episódio duplo, The Best of Both Worlds, no qual o comandante da Enterprise D é capturado e “assimilado” pelos Borg, um dos mais temíveis povos conhecidos deste universo. Realizado por Jonathan Frakes (um dos elementos do elenco), Star Trek: O Primeiro Contacto junta a “ameaça” Borg a uma história de viagem no tempo, fazendo os elementos da Enterprise D recuar até ao dia em que um inventor testa um modelo de propulsão que atingirá a velocidade warp e, com ela, uma “assinatura” evolutiva que é reconhecida por alienígenas vigilantes, resultando na consequente integração da Terra na Federação de Planetas que está no centro do universo Star Trek. Algo semelhante ao modelo de realização usado nos espisódios televisivos, o filme não deixa contudo de parecer senão uma aventura para o pequeno ecrã com upgrade para um ecrã maior.