Durante cerca de duas décadas, em meados do século XX, foi a imagem de marca mais internacional do cinema espanhol e, em boa verdade, um símbolo da produção europeia: actriz e cantora, Sara Montiel faleceu no dia 8 de Abril, na sua casa de Madrid — contava 85 anos.
Ainda muito jovem, venceu um concurso de beleza promovido pela Cifesa, um estúdio de cinema espanhol. Daí que, em meados da década de 40, tenha iniciado uma carreira cinematográfica que rapidamente lhe trouxe grande popularidade. Cárcel de Mujeres (1951) e El Enamorado (1952) foram alguns dos títulos, quase sempre românticos, hoje em dia referências kitsch de uma nostálgica "idade de ouro", que lhe conferiram um estatuto de estrela que desembocou num convite para filmar em Hollywood; aí rodaria os westerns Vera Cruz (1954), de Robert Aldrich, e A Flecha Sagrada (1957), de Samuel Fuller. Depois surgiu na produção italo-espanhola A Rapariga das Violetas/La Violetera (1958), contracenando com Raf Vallone, sem dúvida o título mais emblemático de toda a sua filmografia. Outros filmes de grande sucesso: La Bella Lola (1962), La Reina del Chantecler (1962) e Noches de Casablanca (1963) — deste último, eis a cena em que interpreta Quizás, Quizás, Quizás, canção cuja versão inglesa foi popularizada por Doris Day, que a interpretou em O Homem que Sabia Demais (1956), de Alfred Hitchcock.