Curiosa perversão formal: para muitos discursos mediáticos, evocar Marilyn Monroe e o perfume Chanel é aceder a um país de mitológica pureza; ao mesmo tempo, para tais discursos, Brad Pitt ficaria "deslocado" ao lado do clássico nº5. Dito de outro modo: tanto basta para percebermos que o anúncio abala as certezas mais tradicionais sobre a dicotomia masculino/feminino. E a simbologia dos seus mais delicados odores.