As máscaras das Pussy Riot começaram por ser um adereço provocatório de uma banda punk para uma performance que correu mundo: uma prece à Virgem Maria, numa catedral de Moscovo [video 1], apelando ao afastamento do poder de Vladimir Putin. O processo que se seguiu (julgamento e condenação) desencadeou em todo o mundo as mais diversas manifestações de solidariedade com as três raparigas, transfigurando as suas máscaras em inesperado símbolo de resistência e desejo de liberdade. Na sua digressão, Madonna fez-se ouvir em defesa das Pussy Riot [video 2], confirmando que tudo é teatro e escrita — sendo o corpo o livro em que escrevemos, e nos escrevemos.