Como avaliar o estado do mercado cinematográfico?
De muitas maneiras, por certo. E tendo em conta muitos índices, tendências, sucessos ou insucessos — afinal de contas, um mercado é sempre, para o melhor e para o pior, um mercado social.
Pois bem, no mercado português, Claude Chabrol já não é uma prioridade. E, por certo, não por ter falecido há mais de dois anos, em Setembro de 2010. Acontece que o seu derradeiro filme, Bellamy, magnífica variação sobre as matrizes clássicas do policial, só agora chega às salas do nosso país.
Dir-se-ia que já não há urgência (comercial, antes do mais) face a um nome tão grande e tão respeitável como Chabrol... O que, na prática, recoloca uma dúvida pertinente: até que ponto, em termos globais, o mercado ainda pode (ou sabe) lidar com alguém que se chama Chabrol?
A pergunta pode mesmo adquirir uma bizarra variação: de que modo o mercado concebe, estuda ou imagina os espectadores a que se dirige?
A pergunta pode mesmo adquirir uma bizarra variação: de que modo o mercado concebe, estuda ou imagina os espectadores a que se dirige?