quarta-feira, agosto 22, 2012

Got my 'Mojo' working...


Nos últimos tempos a revista não tem "trabalhado" para o que me interessa ler... Mas a edição deste mês da Mojo recupera uma lógica de ‘dossier’ que gera um dos seus melhores números dos últimos meses. A premissa que lança a ideia é interessante: como é que as electrónicas “salvaram” David Bowie?... Alude-se, naturalmente, aquele tempo em meados dos anos 70 quando, depois de Diamond Dogs e Young Americans, Bowie vivia em Los Angeles e passava alguns dos episódios de maior solidão e assombramento da sua vida. A música dos Kraftwerk e outros pioneiros das electrónicas entra em cena. Rumará mais tarde a Berlim. Jon Savage, um veterano da “escrítica” pop, parte de All Saints, uma antologia que recupera peças instrumentais (na sua maioria de finais de 70) para redescobrir como as electrónicas influenciaram e mudaram a música de David Bowie. E, de certa forma, como a adesão de Bowie ajudou a passar a mensagem mais adiante... O dossier junta uma lista de 50 temas fundamentais da história das electrónicas (como todas as listas, há sempre quem possa fazer outra bem diferente). Há um texto de Jean Michel Jarre, um outro de Martin Gore (dos Depeche Mode)... E um CD com faixas de nomes que vão de Fad Gadget, Daf, Can ou Cabaret Voltaire aos LCD Soundsystem, Photek ou Daft Punk. Bela edição, sim senhor...

PS. O título do post, para quem não conhece, alude a uma canção celebrizada por Muddy Waters.