quarta-feira, agosto 01, 2012

Munique, 1972


Quarenta anos depois, as mais imediatas memórias dos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, talvez apontem ao ataque terrorista contra atletas israelitas (que Steven Spielberg recentemente recordou num filme seu). Mas as olimpíadas que assinalaram o regresso dos jogos à Alemanha depois da célebre edição de 1936 foram também plenas de feitos desportivos, entre os quais as provas da ginasta soviética Olga Korbut, as medalhas do nadador norte-americano Mark Spitz (cujo record de sete medalhas de ouro só seria batido em 2008 por Michael Phelps) ou as vitórias do fundista finlandês Lasse Viren.

Fazendo contas aos números, em Munique competiram 7170 atletam para um total de 195 provas em 23 modalidades. A URSS foi quem mais medalhas arrecadou, somando 99 (50 das quais de ouro), ao que se seguiram, no ranking, os EUA com 94 (33 de ouro) e a RDA, com 66 (20 de ouro). A RFA, que organizava os jogos, ficou em quarto, com 40 medalhas (13 de ouro). Num cenário de “unidade” alemã, a soma das duas teria ultrapassado a URSS. Mas ainda faltavam 17 anos para a queda do muro de Berlim... Portugal enviou 29 atletas a Munique, mas não obteve uma única medalha.


Estreado em 2005, Munique não toma apenas como foco central os atentados ocorridos na aldeia olímpica em 1972, mas também a retaliação que se seguiu. A narrativa segue um grupo de agentes da Mossad em missão contra os membros do grupo que se crê ter sido o responsável pelas ações. O argumento teve como ponto de partida ideias do livro Vengeance: The True Story of an Israeli Counter-Terrorist Team, de George Jonas.