Foi um dos mais subtis actores revelados no cinema americano dos anos 40: com uma carreira de mais de seis décadas, Cliff Robertson faleceu em Nova Iorque, a 10 de Setembro, um dia depois de ter completado 88 anos.
Provavelmente, para muitos dos espectadores mais jovens, Robertson é apenas o velho e austero Ben Parker, tio de Peter Parker nos recentes capítulos do Homem Aranha. O certo é que a sua afirmação artística passou, antes do mais, pelos palcos da Broadway e, depois, por alguns títulos emblemáticos da década de 50, incluindo Piquenique (Joshua Logan, 1956) e Os Nus e os Mortos (Raoul Walsh, 1958). Através de Underworld USA/Marcados para a Morte (Samuel Fuller, 1961) ou The Honey Pot/O Perfume do Dinheiro (Joseph L. Mankiewicz, 1967), Robertson afirmou-se como um actor capaz de sustentar personagens marcadas por formas peculiares de ambiguidade psicológica ou moral. O papel principal de Charly (Ralph Nelson, 1968), um deficiente mental subitamente "recuperado" por uma experiência médica, seria a consagração plena dessa sua capacidade – o filme acabaria por valer-lhe o Oscar de melhor actor. Outras composições importantes: Os Três Dias do Condor (Sydney Pollack, 1975), Obsessão (Brian De Palma, 1976) e Star 80 (Bob Fosse, 1983), neste caso assumindo a personagem de Hug Hefner.
Sempre com trabalhos regulares em televisão, ganhou um Emmy pela sua interpretação no episódio The Game (1965), da série Bob Hope Presents the Chrysler Theatre. Pilotar aviões foi um dos seus hobbies: no dia 11 de Setembro de 2001, estava no ar, sobre Nova Iorque, pilotando um avião particular.
>>> Obituário no Los Angeles Times.
Sempre com trabalhos regulares em televisão, ganhou um Emmy pela sua interpretação no episódio The Game (1965), da série Bob Hope Presents the Chrysler Theatre. Pilotar aviões foi um dos seus hobbies: no dia 11 de Setembro de 2001, estava no ar, sobre Nova Iorque, pilotando um avião particular.