O booklet, por sua vez, ajuda a contar a história cuja música aqui se escuta, recuperando não apenas notas das capas das edições em vinil, como execrtos de críticas publicadas na imprensa à altura da estreia de algumas destas obras. Por esta música correm traços evidentes de personalidade que definiram Leonard Benstein como herdeiro da grande tradição americana (sobretudo marcada por Copland e Ives). Sublinhando depois uma identidade concreta de tempo e lugar pela assimilação de linguagens do teatro musical, do jazz, da música latina e mesmo da pop, traduzindo assim a diversidade cultural da cidade de Nova Iorque, a mais recorrente protagonista da obra do compositor.
Através do seu site oficial a mítica sala, situada na sétima avenida de Nova Iorque, lançou recentemente o Leonard Bernstein Memory Bank. A ideia que preside à construção deste arquivo visa a recolha sistemática de memórias, de gente famosa e de gente anónima, tendo o compositor e maestro por protagonista. As memórias recolhidas serão depois integradas numa base de dados online.
As questões lançadas são simples: esteve em algum concerto de Leonard Bernstein? Guarda memórias dos seus programas na televisão? A sua música mudou, de alguma maneira, algum momento da sua vida? Qualquer um pode responder... No site encontramos já, em arquivos vídeo, depoimentos de figuras como Jack Gottlieb (assistente de Bernstein de 1958 a 66), Burton Bernstein (o irmão do compositor), Jamie, Nina e Alexander (os seus três filhos) e figuras do mundo da música de hoje como Marin Alsop, Thomas Hampson ou Michael Tilson Thomas. Depoimentos escritos chegam depois do mundo inteiro, relatando memórias de gente anónima, que não esqueceram Bernstein.
PS. Versão editada de um texto publicado no DN a 26 de Dezembro