
sábado, dezembro 31, 2005
Memórias de 1914

Cinemateca evoca Isabel de Castro

A programação de Janeiro da Cinemateca inclui ainda, entre outros ciclos, dois acontecimentos particularmente "musicados": uma série de filmes portugueses com bandas sonoras compostas por Luís de Freitas Branco, Carlos Paredes e Manuel Jorge Veloso — começa no dia 9, às 19h00, com uma sessão com as três versões de Douro Faina Fluvial (1931, 1934, 1994), de Manoel de Oliveira — e uma evocação de Mozart no cinema, por ocasião dos 250 anos do seu nascimento — a partir do dia 20, às 21h30, com A Flauta Mágica (1974), de Ingmar Bergman. Já anunciado há alguns meses, o ciclo David Cronenberg começará no dia 30, às 21h30, com Stereo (1969), prolongando pelo mês de Fevereiro.
* Site oficial da Cinemateca
Micro Audio Waves no Eurosonic 2006

O Eurosonic é um evento organizado pela European Broadcasting Union (EBU) e é transmitido para mais de 50 estações de rádio europeias (em Portugal, a transmissão é assegurada pela Antena 3). Em edições anteriores, participaram neste evento bandas como The Gift, Blasted Mechanism, Cool Hipnoise ou Bunnyranch.
Site do Eurosonic
Site dos Micro Audio Waves
SINGLES: Franz Ferdinand, 2005

FRANZ FERDINAND “Do You Want To” (Domino, 2005)
Lado A: Do You Want To (Franz Ferdinand)
Lado B: Get Away (Franz Ferdinand)
Produção: Franz Ferdinand & Michael Parker
Posição mais alta no Reino Unido: 4. Nos EUA: 76
sexta-feira, dezembro 30, 2005
CML aprova filme de Carlos Saura

O apoio da CML, na ordem dos 1,21 milhões de euros será distribuído em fases, até Dezembro de 2006. A Câmara de Lisboa comprometeu-se também a prestar apoio logístico ao filme e a participar na sua divulgação, muito concretamente através da disponibilização de espaços publicitários. O Instituto Português do Turismo e alguns privados assegurarão os restantes dinheiros e necessidades. Segundo avançou Amaral Lopes, do PSD ao DN, a CML terá direitos sobre o filme, tanto na exibição em sala como em DVD. É justo!
Reagindo a esta notícia, Rui Pereira (profissional há muito ligado à exibição cinematográfica), levanta algumas questões: "Não pondo em causa o valor do filme (está recheado de figuras do fado e da música) não causa estranheza que a Câmara Municipal participe como co-produtora(pelos vistos com 1/3 do orçamento), quando o mesmo já tem vários outros co-produtores de várias nacionalidades e inclusivé já tem contrato de distribuição assegurado para Portugal?
Ou seja, os tais «direitos sobre a obra, desde a exibição em cinema às futuras edições em DVD» são o quê? São os 10% de que fala o Carrilho? Então os outros 40%-50% (percentagem normal nestes negócios)? ficam para o distribuidor em Portugal, claro. Mas esse distribuidor tem de pagar para ter acesso a esses direitos, certo?
Ou seja, com tanta gente a co-produzir e a participar no filme, é aceitável que o dinheiro público pague tanto e só fique com 10% da bilheteira e dos DVDs (porque é disso que estamos a falar)? Aliás, fará sentido de todo a Câmara entrar com dinheiro? Com que objectivo? Promover a cidade, o fado, ou para ganhar dinheiro? Não parece haver aqui dinheiro a mais circular?
E isto leva-nos à segunda questão, mais de fundo.
Como é que se justifica que a Câmara, que diz a toda a gente que não tem dinheiro para nada, que está em ruptura orçamental, que não tem dinheiro para recuperar a casa do Garrett (não é a mesma coisa, eu sei, mas é um exemplo...), esbanje assim 1,21 milhões de euros (242 mil contos), mais os circuitos de mupis, etc?"
Cinema 2005: 'Village Voice'

1. “A History Of Violence”, de David Cronneberg
2. “2046”, de Wong Kar Wai
3. “Kings And Queen”, de Arnaud Desplechin
4. “Grizzly Man”, de Werner Herzog
5. “The World”, de Zhang Ke Ja
6. “Tropical Malady”, de Apichatpong Weerasethakul
7. “The Squid And The Whale”, de Noah Baumbach
8. “Caché (Hidden)”, de Michel Haneke
9. “The Holy Girl”, de Lucretia Martel
10. “Last Days”, de Gus Van Sant
11. “Brokeback Mountain”, de Ang Lee
12. “Café Lumiére”, de Hsiao-hsien Hou
13. “Good Night, and Good Luck”, de George Clooney
14. “Nobody Knows”, de Hirokazu Koreeda
15. “The Intruder”, Claire Denis
16. “Capote”, de Bennett Miller
17. “Head On”, de Faith Akin
18. “Mysterious Skin”, de Gregg Araki
19. “My Summer Of Love”, Pawel Pawlikovski
20. “Land Of The Dead”, George A. Romero
Para 2006: How Comes The...

Aqui podem escutar alguns temas deste projecto
DN:música, 30 de Dezembro

Música Portuguesa em 2005 (e alguns nomes novos para escutar em 2006) N.G.
Músico do ano: Bernardo Sassetti J.P.O.
O “novo” rock herdeiro do punk e pós-punk N.G.
O ano canadiano T.P.
A explosão do reggae em Portugal D.P.
A definitiva afirmação da DFA I.S.
O regresso de grandes veteranos J.L.
O crescimento da música digital T.P.
As fotos do ano
Cronologia musical de 2005
Sons J.V.H.
quinta-feira, dezembro 29, 2005
'Odete' estreia hoje no cinema

Odete é uma história que parte do real (como é firme na obra do realizador), mas que ruma ao limite do verosímil, numa Lisboa actual que se descobre em supermercados, discotecas, ruas nocturnas, solidões, encontros furtivos, cemitérios, onde os cruzamentos se fazem de carro ou telemóvel… ou patins. Odete e Rui têm vidas separadas. E entre eles passa Pedro. Ele morre num acidente na noite em que celebra o primeiro ano com Rui. Ela despeja do apartamento na cave o namorado, que lhe recusa fazer um filho. Rui e Odete, desamparados e abandonados, cada qual à sua maneira, vão cruzar-se numa história onde a loucura ou a assombração explicam o incrível feito real, e o sonho se transforma num espaço quase assustador…
Este é, sobretudo, um filme sobre a perda. O medo da perda e a forma como reagimos perante a morte. Em entrevista hoje ao DN, João Pedro Rodrigues diz que “Tudo isto nasce do medo que tenho de perder alguém que me é próximo. No filme tento ver o que faço. Se calhar isto vem dos filmes do John Ford. Uma das cenas de que mais gosto no A Paixão dos Bravos é aquela em que o Henry Fonda fala com o irmão que acabou de morrer. Fala com a campa... Isto é recorrente em filmes dele. Eu quis também que o filme fosse muito romântico. E é o cúmulo do romantismo ir-se viver para a campa de quem se ama. Apesar de ali haver também uma possessão.”
A entrevista pode ser lida aqui
A imensa minoria também dança

O Incógnito foi terra firme e segura para quem gosta de rock alternativo (dos 18 aos 45 anos, mais coisa menos coisa) e boa electrónica, e quer mexer as pernas sem ter de levar com uma valente dose metronómica de betoneira e camartelo. Das memórias de 70, 80 e 90 a um atento acompanhamento das novidades, do rock ao bom electro, foi quase um refúgio para uma imensa minoria. E, confesso, o único lugar onde a noite me viu este ano (sobretudo nas sessões Planeta Pop, das quais um flyer deste ano ilustra este post). Vem aí novo ano para o Incógnito. E avançamos aqui com a programação da casa ao longo dos próximos dias. Para começar o ano a dançar o bom e o diferente.
Hoje: The Clients Are Taking Control (pop alternativa, indie). DJs Luis Bento + Luís Soares. Vídeo EyeCandy
Dia 30: Pop Pop & Away! (retrokitsch, disco funk, pop/rock alternativo). DJ Fernando Morgado. vídeo Valise d'Images
Dia 31: Hit Me '06 Passagem de ano, abre à 1.30 (alternative pop hits, electropop hits).
DJ Raygun
Janeiro:
Dia 4: Replay (retro, new wave, anos 80 e 90). DJ Pedro Chaves. Vídeo EyeCandy
Dia 5: Wonderful Elecxtric (indie, electrónica, novidades). DJ Rai. Vídeo EyeCandy
Dia 6: Pop Pop & Away! (retrokitsch, disco funk, pop/rock alternativo). DJ Fernando Morgado. vídeo Valise d'Images
Dia 7: Planeta Pop (pop alternativo, punk funk, novidades). DJs Electrodomésticos: Paulo Garcia + Paulo Lizardo. Vídeo Valise d'Images
Aqui podem inscrever-se numa mailing list para receber a programação semanal do Incógnito.
Para 2006: U-Clic

Vêm de Tomar e têm estado a trabalhar, há já algum tempo, na gravação de um EP, que acabou transformado no que será o seu álbum de estreia, e que poderá ter por título Console Pupils, com edição projectada para 2006. Atitude punk e ferramentas electrónicas ao serviço de belas canções simplemente pop, num mundo de referências que vão dos Sonic Youth aos Kraftwerk, como os próprios cantam em Unfashionautic Superstars, fabuloso tema que rodou este ano pelos Discos Voadores, na Radar. As novas canções mostram, face aos temas de uma primeira maquete (disponível no site do grupo), um aprimorar das formas e vincar de personalidade, abrindo apetites para um álbum que se aguarda com ansiedade.
Aqui podem descobrir o percurso da banda e fazer download gratuito dos três temas editados no já esgotado EP de estreia: Robot'N'Roll, Ici In Disneyland e Euro 2.0.0.4. Conhecer as letras das canções num blogue para o qual ali têm um link directo. E ver um primeiro teledisco.
Downloads sobem 148 por cento nos EUA
O mercado norte-americano de álbuns (formato CD) caiu sete por cento em 2005, com vendas a descer da casa dos 650 para os 602 milhões de unidades. O mercado de DVD musical também caiu, mas na ordem dos 23 por cento. Em contrapartida os downloads cresceram 148 por cento, atingindo um total de 332,7 milhões de vendas. A semana com pico de vendas no mercado por download foi a do Natal, com 9,6 milhões de temas~transacionados. Os CDs repreesentam agora 95 por cento do mercado total, número que se prevê mais baixo no ano que vem.
Em CD o maior sucesso do ano coube a Mariah Carey, cujo álbum mais recente vendeu 4,8 milhões de unidades (muito abaixo de alguns êxitos recentes como os assinados há poucos anos por Santana, N’Sync ou Backstreet Boys, acima dos dez milhões).
MAIL
Em CD o maior sucesso do ano coube a Mariah Carey, cujo álbum mais recente vendeu 4,8 milhões de unidades (muito abaixo de alguns êxitos recentes como os assinados há poucos anos por Santana, N’Sync ou Backstreet Boys, acima dos dez milhões).
A 13ª canção

Já disponível no mercado português (por um preço que ronda os 28 €), a edição especial tem um formato rectangular (14 x 22cm) e inclui um livrinho concebido com o mesmo espírito do que integrava a edição normal do CD: as fotografias de Madonna, por Steve Klein, alternam com frases manuscristas (começando por: "A woman has collapsed in the middle of the dance floor.") Há ainda um outro pequeno livro, de facto um bloco de apontamentos, desta vez apenas com o título "Confessions" e alguns versos de Like It or Not (e também alguns desenhos) inscritos como pontuação visual na base das páginas. A edição inclui ainda um passe numerado para inscrição no clube oficial de fãs de Madonna (Icon), com direito a um mês de acesso livre ao respectivo site.
"Rocky Horror": tesouro nacional americano

Na apresentação oficial da lista de 2005, James H. Billington fez questão de sublinhar que esta é uma selecção que procura reflectir o lugar dos filmes no imaginário nacional, bem como o seu papel específico em termos cinematográficos, técnicos ou simbólicos: "Os filmes que escolhemos não são necessariamente os 'melhores' filmes americanos ou os mais famosos, mas são filmes que continuam a ter significado cultural, histórico e estético."
* Lista dos 25 filmes no site da Library of Congress.
quarta-feira, dezembro 28, 2005
Soderbergh: salas + DVD + Net

A história centra-se numa fábrica de bonecas de uma pequena cidade do Ohio onde ocorre um misterioso assassinato... A novidade absoluta está no método de lançamento. Decidido a combater a pirataria no seu próprio terreno — ao mesmo tempo levantando questões muito pertinentes, e também muito polémicas, a toda a indústria —, Soderbergh vai lançar Bubble, em simultâneo, em três frentes: nas salas, em DVD e no site da HDNet (uma das entidades produtoras). E este é apenas o primeiro de um conjunto de seis filmes que o realizador de Ocean's Eleven e Ocean's Twelve planeia rodar e difundir do mesmo modo. O cartaz de Bubble diz de forma simples e certeira: "Uma outra experiência de Steven Soderbergh" (entretanto, ainda não existe site, mas o trailer já está disponível).
MAIL
Para 2006: Woman in Panic

Começamos pelo projecto Woman in Panic, que chegou às meias-finais do TMN Garage Sessions onde se revelou como o mais original e inspirado dos projectos a concurso. Na maquete Instruments Of Random Murder, que escutámos, Pedro Lourenço (o autor e intérprete) promove essencialmente um debate curioso entre ferramentas electrónicas e a vontade em explorar novas formas de encarar (ou desconstruír) a canção, abrindo também espaço ao design de interessantes devaneios instrumentais onde por vezes ecoam formas que piscam olho ao acid, ao electro e outras referências, mas sempre com evidentes marcas de personalidade. Em palco, no concurso, Pedro apresentou-se na forma de banda, juntando guitarras às electrónicas, criando um estimulante híbrido que justifica claramente registo em disco. Na maquete há belos temas em Eve-o-matic e Sex And Violence, uma belíssima reconstrução em volta da gargalhada feminina de Hungry Like The Wolf dos Duran Duran em asdf e uma magnífica versão de A Forest dos The Cure. Haverá disco em 2006? Esperemos que sim.
Aqui podem escutar dois temas do grupo. Não são os melhores, mas uma porta de entrada…
Para reflectir sobre o jornalismo

Este é um filme com argumento e realização de Billy Ray e com papel protagonista entregue a Hayden Christensen que, depois de visto nos Episódios II e III da Guerra da Estrelas, não imaginaríamos capaz de criar uma personagem desta dimensão dramática. Consigo contracena Peter Sarsgaard, que brevemente veremos no magnífico Máquina Zero, de Sam Mendes, a estrear a 12 de Janeiro.
Alguns textos de Stephen Glass e o link para a página falsa que criou para o artigo sobre hackers podem ser lidos aqui
Radar no Porto: um desabafo
Não é a primeira vez que, na caixa de correio do Sound + Vision surgem mails a falar da necessidade de levar as emissões da Radar ao Porto. Não querendo lançar aqui qualquer campanha, podemos todavia dar voz a alguns desses pedidos. O mais recente chegou esta semana, assinado pelo Luís Lisboa. E reza assim:
“Venho por este meio questionar quando é que alguém terá a ideia luminosa de passar a emitir a Radar no Porto?
Eu vivo na cidade invicta e é lastimável que não exista uma rádio com a minima qualidade radiofónica. Desde que a XFM e depois a Voxx deixaram de existir o deserto no panorama radiofónico na segunda cidade deste país tornou-se eternamente presente.
É deveras deprimente não se poder ouvir um programa de rádio com a mínima qualidade, através do qual se possa escutar novas sonoridades, se possam ouvir bons debates sobre música ou qualquer outra coisa. Obviamente existem algumas raras excepções como são exemplo "A hora do lobo" ou o "Coyote" mas fora isso nada resta.
Sempre que vou a Lisboa ouço a Radar (já está previamente sintonizada no rádio do meu automóvel) e por isso lanço este apelo: se é possível manter uma rádio com as características da Radar em Lisboa, não será viável fazer o mesmo no Porto? Julgo que não é por falta de ouvintes pois concertos como os de Sigur Rós, Bauhaus ou Antony & the Johnsons esgotaram facilmente e este é o tipo de música que facilmente é transmitida na Radar.
Bem sei que obter licenças para emissão radiofónica não é fácil mas da mesma forma que a Cidade conseguiu adquirir a frequência da Voxx porque é que a Radar não adquire uma outra frequência qualquer?”
MAIL
“Venho por este meio questionar quando é que alguém terá a ideia luminosa de passar a emitir a Radar no Porto?
Eu vivo na cidade invicta e é lastimável que não exista uma rádio com a minima qualidade radiofónica. Desde que a XFM e depois a Voxx deixaram de existir o deserto no panorama radiofónico na segunda cidade deste país tornou-se eternamente presente.
É deveras deprimente não se poder ouvir um programa de rádio com a mínima qualidade, através do qual se possa escutar novas sonoridades, se possam ouvir bons debates sobre música ou qualquer outra coisa. Obviamente existem algumas raras excepções como são exemplo "A hora do lobo" ou o "Coyote" mas fora isso nada resta.
Sempre que vou a Lisboa ouço a Radar (já está previamente sintonizada no rádio do meu automóvel) e por isso lanço este apelo: se é possível manter uma rádio com as características da Radar em Lisboa, não será viável fazer o mesmo no Porto? Julgo que não é por falta de ouvintes pois concertos como os de Sigur Rós, Bauhaus ou Antony & the Johnsons esgotaram facilmente e este é o tipo de música que facilmente é transmitida na Radar.
Bem sei que obter licenças para emissão radiofónica não é fácil mas da mesma forma que a Cidade conseguiu adquirir a frequência da Voxx porque é que a Radar não adquire uma outra frequência qualquer?”
2 x Duras (hoje na Cinemateca)

Daí a oportunidade magnífica de poder descobrir, na Cinemateca, dois dos seus filmes, por ela rodados a partir de um dos seus textos mais luminosos: India Song. Ao filmar India Song (1975) — na foto —, Duras criou uma espécie de nova música narrativa: é algo que passa pela espantosa banda sonora de Carlos D'Alessio, mas que se sustenta do paradoxo vivo das palavras, cristalinas e enredadas em repetições cada vez mais sedutoras e encantatórias.
De tal modo assim é que Duras decidiu "duplicar" o seu filme: conservando o texto tal e qual, mas dispensando os actores. Resultado: uma espécie de ópera ciciada em que a espessura das palavras circula pelas desencantadas ruínas dos cenários (ou pelos cenários entendidos como o resto que fica sempre por dizer). O título do filme retoma uma das frases mais célebres do livro: Son Nom de Venise dans Calcuttá Désert (1976) — e pode também ser visto na Cinemateca.
* Hoje na Cinemateca: India Song (19h30) e Son Nom de Venise dans Calcuttá Désert (22h00).
2005 segundo Pedro Ramos
Mais um olhar retrospectivo sobre 2005, hoje assinado por Pedro Ramos, a voz que assina as tardes na Radar, e o apresentador da rubrica OK Computador
Filmes:
1. “No Direction Home”, de Martin Scorsese
2. “Um Peixe For a de Água”, de Wes Anderson
3. “Alice”, de Marco Martins
4. “Dentro de Garganta Funda”, de Fenton Bailey e Randy Barbato
5. “Million Dollar Baby”, de Clint Eastwood
Discos:
1. The Arcade Fire, “Funeral”
2. Bright Eyes, “I’m Wide Awake it’s Morning”
3. World Leader Pretend, “Punches”
4. Rufus Wainwright, “Want (Two)”
5. Richard Swift, “The Novelist”
6. Editors, “The Back Room”
7. Franz Ferdinand, “You Could Have it so Much Better”
8. Sufjan Stevens, “Illinoise”
9. Spoon, “Gimme Fiction”
10. Wolf Parade, “Apologies to Queen Mary”
MAIL
Filmes:
1. “No Direction Home”, de Martin Scorsese
2. “Um Peixe For a de Água”, de Wes Anderson
3. “Alice”, de Marco Martins
4. “Dentro de Garganta Funda”, de Fenton Bailey e Randy Barbato
5. “Million Dollar Baby”, de Clint Eastwood
Discos:
1. The Arcade Fire, “Funeral”
2. Bright Eyes, “I’m Wide Awake it’s Morning”
3. World Leader Pretend, “Punches”
4. Rufus Wainwright, “Want (Two)”
5. Richard Swift, “The Novelist”
6. Editors, “The Back Room”
7. Franz Ferdinand, “You Could Have it so Much Better”
8. Sufjan Stevens, “Illinoise”
9. Spoon, “Gimme Fiction”
10. Wolf Parade, “Apologies to Queen Mary”
Viva os noivos!

Em boa verdade, não há grande diferença estrutural entre um filme como A Noiva Cadáver e qualquer outro título de Tim Burton aparentemente mais "humanizado". Desde logo, porque o realizador se mantém fiel aos "seus" actores — Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Albert Finney, Christopher Lee, etc. — e, claro, ao seu sempre surpreendente compositor, o fidelíssimo Danny Elfman. Depois, porque a história do noivo (de uma criatura humana) que fica comprometido com uma inesperada donzela (outrora humana, agora instalada no lado de lá... dos mortos) é mais uma irresistível variação sobre uma central questão "burtoniana": a da cândida a-moralidade do amor face à burocracia dos costumes e das leis de bom comportamento. O filme começa em tons muito sombrios, apenas porque é assim o país dos vivos — é preciso que os mortos comecem a cantar e a dançar para descobrirmos o prazer das cores...
MAIL
terça-feira, dezembro 27, 2005
Pet Shop Boys em disco e musical

1. God willing
2. Minimal
3. The Sodom and Gomorrah Show
4. I'm with Stupid
5. Psychological
6. I made my excuses and left
7. Integral
8. Numb
9. Luna Park
10. Casanova in Hell
11. Twentieth Century
12. Indefinite leave to remain
Antes do album, os Pet Shop Boys estarão na berlinda graças a um espectáculo musical que estreia dia 25 de Janeiro em Melburne, na Austrália. Chama-se Seriously (logotipo a ilustrar este post) e não é mais que um musical que não envolve qualquer carga teatral, apenas um programa de versões de canções dos Pet Shop Boys para cinco vozes, um piano e um quarteto de cordas.
Site oficial dos Pet Shop Boys
Popjustice
Agenda de Concertos
Mais uma actualização do guia de sugestões Sound + Vision para os próximos tempos em palcos portugueses. Em diversos comprimentos de onda, muitos motivos para não ficar em casa:
Dezembro
Woody Allen. Dia 27, CCB (Lisboa)
Pop Dell’Arte. Dia 29, Lux (Lisboa)
Isaac Haayes. Dia 31, Casino (Estoril)
Janeiro
Carlos do Cramo. Dia 7, Casa da Música (Porto)
Maria Rita. Dia 7, Coliseu dos Recreios (Lisboa)
God Is An Astronaut. Dia 13, Santiago Alquimista (Lisboa) Primeira parte Linda Martini
Artur Pizarro. Dia 14, Casa da Música (Porto)
Mécanosphere. Dia 16, Teatro do Campo Alegre (Porto)
Matthias Goerne. Dia 22, Casa da Música (Porto)
Patricia Barber. Dia 23, CCB (Lisboa)
Sequeira Costa. Dia 26, Casa da Música (Porto)
ByPass + Ölga + Lemur. Dia 27, Caixa Económica Operária (Lisboa)
Loosers + Linda Martini + Caveira. Dia 28, Caixa Económica Operária (Lisboa)
Fevereiro
Depeche Mode. Dia 8, Pavilhão Atlântico (Lisboa) Primeira parte The Bravery
Brad Mehldau. Dia 10, CCB (Lisboa)
Bauhaus. Dia 17, Coliseu (Porto)
Yann Tiersen. Dia 27, CCB (Lisboa)
Abril
Michael Nyman. Dia 29 Cine Teatro Micaelense (Ponta Delgada). Dia 30 no Cine Teatro (Alcobaça)
Maio
Yann Tiersen. Dia 20, Casa da Música (Porto)
Agosto
Rolling Stones. Dia 12, Estádio do Dragão (Porto)
MAIL
Dezembro
Woody Allen. Dia 27, CCB (Lisboa)
Pop Dell’Arte. Dia 29, Lux (Lisboa)
Isaac Haayes. Dia 31, Casino (Estoril)
Janeiro
Carlos do Cramo. Dia 7, Casa da Música (Porto)
Maria Rita. Dia 7, Coliseu dos Recreios (Lisboa)
God Is An Astronaut. Dia 13, Santiago Alquimista (Lisboa) Primeira parte Linda Martini
Artur Pizarro. Dia 14, Casa da Música (Porto)
Mécanosphere. Dia 16, Teatro do Campo Alegre (Porto)
Matthias Goerne. Dia 22, Casa da Música (Porto)
Patricia Barber. Dia 23, CCB (Lisboa)
Sequeira Costa. Dia 26, Casa da Música (Porto)
ByPass + Ölga + Lemur. Dia 27, Caixa Económica Operária (Lisboa)
Loosers + Linda Martini + Caveira. Dia 28, Caixa Económica Operária (Lisboa)
Fevereiro
Depeche Mode. Dia 8, Pavilhão Atlântico (Lisboa) Primeira parte The Bravery
Brad Mehldau. Dia 10, CCB (Lisboa)
Bauhaus. Dia 17, Coliseu (Porto)
Yann Tiersen. Dia 27, CCB (Lisboa)
Abril
Michael Nyman. Dia 29 Cine Teatro Micaelense (Ponta Delgada). Dia 30 no Cine Teatro (Alcobaça)
Maio
Yann Tiersen. Dia 20, Casa da Música (Porto)
Agosto
Rolling Stones. Dia 12, Estádio do Dragão (Porto)
SINGLES: Rolling Stones, 1964

THE ROLLING STONES “It’s All Over Now” (Decca, 1964)
Lado A: It’s All Over Now (Womack-Womack) + Carol (Barry)
Lado B: Tell Me (You’re Coming Back) (Jagger/Richards) + Can I Get A Witness (Holland- Dozier-Holland)
Edição portuguesa
A assinalar a expoisção de singles e EPs portugueses dos anos 60 e 70 na Carbono (ver post esta semana), dedicamos o SINGLE de hoje ao primeiro EP dos Rolling Stones em Portugal (uma peça muito rara no circuito de coleccionismo).
2005 por Mário Lopes
Continuamos a rever o ano através de alguns amigos. Hoje publicamos as escolhas de 2005 segundo Mário Lopes, jornalista do Público que explica, antes das listas, que "em 2005, o meu cinema, algo desgraçadamente, foi mais feito da recuperação caseira de clássicos que de deslocação às salas (ganhou-se em assombro, perdeu-se em actualidade). Num top 20 entre sofá e cadeira na sala, cinco obras com data 2005 marcariam presença". Aqui estão:
Filmes:
1. "De Tanto Bater O Meu Coração Parou", de Jacques Audiard
2. "Dig!", de Ondi Timoner
3. "Tarnation", de Jonathan Caoette
4. "Grizzly Man", Werner Herzog
5. "Um Peixe Fora De Água", de Wes Anderson
Discos:
1. LCD Soundsystem, "LCD Soundsystem"
2. Animal Collective, "Feels"
3. The Go! Team, “Thunder Lightning Strike!”
4. Franz Ferdinand, "You Could Have so Much Better"
5. Fiery Furnaces, “EP”
6. Devendra Banhart, "Cripple Crow"
7. Black Rebel Motorcycle Club, "Howl"
8. Kanye West, "Late Registration"
9. Six Organs of Admittance, "School of the Flower"
10. Howling Hex, “You Can’t Beat Tomorrow”
MAIL
Filmes:
1. "De Tanto Bater O Meu Coração Parou", de Jacques Audiard
2. "Dig!", de Ondi Timoner
3. "Tarnation", de Jonathan Caoette
4. "Grizzly Man", Werner Herzog
5. "Um Peixe Fora De Água", de Wes Anderson
Discos:
1. LCD Soundsystem, "LCD Soundsystem"
2. Animal Collective, "Feels"
3. The Go! Team, “Thunder Lightning Strike!”
4. Franz Ferdinand, "You Could Have so Much Better"
5. Fiery Furnaces, “EP”
6. Devendra Banhart, "Cripple Crow"
7. Black Rebel Motorcycle Club, "Howl"
8. Kanye West, "Late Registration"
9. Six Organs of Admittance, "School of the Flower"
10. Howling Hex, “You Can’t Beat Tomorrow”
segunda-feira, dezembro 26, 2005
Um primeiro olhar sobre 2006

Do centro de produção nacional, Janeiro abre com a compilação POPlastik, dos Pop Dell’Arte (sai dia 16), que inclui três inéditos (dois originais e uma versão). O disco documenta com um belíssimo alinhamento os 20 anos da vida de uma das mais imaginativas bandas da história pop portuguesa. Ainda em Janeiro saem novos discos dos X-Wife, Aldina Duarte e Jacinta, assim como uma compilação que assinala os 30 anos de carreira de Vitorino.
Depois de um Fevereiro de bons hors d’ouevres, o ano editorial continua em Fevereiro com discos dos Belle & Sebastian (muito aquém do que nos habituaram, no seu pior disco de sempre), Scissor Sisters, Tiga (edição nacional), Sparks, Ray Davies, Pharell Williams e, esteja pronto, o novo Radiohead (que certamente acabará adiado…). Por cá, é editada a estreia dos Cindy Kat e uma homenagem aos 25 anos dos GNR, um tributo com versões por bandas hip hop e r&B… A ouvir…
Março é o mês de Morrissey editar Ringleader Of The Tormentors e de Graham Coxon lançar novo disco a solo. E, não haja novo adiamento, chegará então o novo dos Outkast. Em Abril estão previstos álbuns de originais de Prince (3121), Pet Shop Boys (Fundamental, produzido por Trevor Horn), The Cure e Red Hot Chilli Peppers. A fechar o primeiro semestre esperam-se novas dos Muse(Maio). Para o Verão talvez o prometido novo Duran Duran.
Sem data de edição marcada, haverá novos discos dos Pearl Jam, Blur, David Bowie e R.E.M.. E ainda o DVD e disco ao vivo dos Humanos. Fala-se do novo Arcade Fire, do novo Interpol, de uma compilação de lados B dos Oasis… E a estes juntar-se-ão muitos mais. Vem aí bom ano!
Carbono expõe discos e EPs raros

Carbono, Rua do Telhal, 6 B
Tele-lixo invade o Natal dos discos

Mas no Reino Unido, o número um natalício foi para um daqueles artistas que, daqui a um ano, se não for a ajudinha das revistas de mexericos e desgraças, estará tão esquecido como o seu êxitozinho do momento. Ele chama-se Shayne Ward e venceu o X-Factor, um dos reality shows que fazem a ementa farta da tele-vida bife actual. Editou um single de estreia, e logo na primeira semana vendeu 300 mil cópias! Ou seja, mais 230 mil que o single de beneficência dos Band Aid 20 que foi número um natalício em 2004! Consoada “foleira” para a música inglesa, com o top decididamente invadidos pelos singles-fenómeno das carreiras-fogacho das tele-vedetas que o são por terem feito figura de tontos durante não sei quanto tempo numa quinta, num regimento ou numa panela com minhocas.
Por cá tivemos o single do Marco-do-pontapé, que vendeu uma resma de cópias e logo acabou esquecido. Os Operações Triunfos 2 já nem gravaram discos, tal foi o fiasco dos colegas da primeira série… Temos, ao seu jeito, tele-lixo D’ZRT, é verdade. Mas as Miritas e Lálás dos reality shows tele-lusitanos ainda não gravam discos. Quer dizer… por enquanto.
2005 por Inês Meneses
Depois de uma semana de revisão exaustiva do ano, convidámos uma série de amigos, profissionais dos media, a dar-nos, ao longo dos próximos dias, as suas escolhas do ano no cinema e música. Começamos hoje com as listas de Inês Meneses, a responsável pelas manhãs da Radar e pelo programa “Fala Com Ela”
Filmes:
1. Reis e Rainha, de Arnaud Desplechin
2. Tarnation, de Jonathan Caoette
3. De tanto bater o meu coração parou, de Jacques Audiard
4. Charlie e a Fábrica de chocolate, de Tim Burton
5. Alice, de Marco Martins
Discos:
1. Funeral, Arcade Fire
2. Illinoise, Sufjan Stevens
3. Want (Two), Rufus Wainwright
4. The Back Room, Editors
5. Punches, World Leader Pretend
6. EP, Fiery Furnaces
7. The Magic Numbers, The Magic Numbers
8. Extraordinary Machine, Fiona Apple
9. Has a Good home, Final Fantasy
10. I’m a Bird Now, Antony and the Johnsons
MAIL
Filmes:
1. Reis e Rainha, de Arnaud Desplechin
2. Tarnation, de Jonathan Caoette
3. De tanto bater o meu coração parou, de Jacques Audiard
4. Charlie e a Fábrica de chocolate, de Tim Burton
5. Alice, de Marco Martins
Discos:
1. Funeral, Arcade Fire
2. Illinoise, Sufjan Stevens
3. Want (Two), Rufus Wainwright
4. The Back Room, Editors
5. Punches, World Leader Pretend
6. EP, Fiery Furnaces
7. The Magic Numbers, The Magic Numbers
8. Extraordinary Machine, Fiona Apple
9. Has a Good home, Final Fantasy
10. I’m a Bird Now, Antony and the Johnsons
domingo, dezembro 25, 2005
Winnie The Pooh surgiu há 80 anos

Poucos meses depois da estreia no jornal, o ursinho Pooh deu origem a um livro, Winnie The Pooh, com as histórias de Alan Milner e ilustrações de E.H. Shepard. Nos anos seguintes o escritor publicou mais um livro de contos e dois de poemas, todos eles com desenhos do mesmo ilustrador. Em 1929 Milner vendeu os direitos de merchandising de Pooh a um americano, Steven Slesinger, que gradualmente o transformou num negócio rentável.
Em 1961 a Disney comprou os direitos de Pooh para o cinema, estreando-o pouco depois em curtas metragens inspiradas nas histórias originais de Alan Milner. Todavia, quando Pooh teve a sua primeira longa metragem, em 1977, The Many Adventures Of Winnie The Pooh, sinais de americanização do universo em redor do ursinho eram já evidentes. Desde finais de 70, Winnie The Pooh tornou-se num dos mais bem sucedidos franchises da Disney, com uma série de filmes para cinema e longas metragens apenas para vídeo e DVD lançados regularmente, entre os quais os entre nós estreados The Tigger Movie, Piglet’s Big Movie e Pooh’s Heffalump Movie.
Apesar do ar cândido do ursinho e da placidez do bosque em que vive com os amigos e o tom positivo e humanista das histórias que protagoniza, nem tudo é tranquilidade no ambiente que o rodeia. A família de Milner tentou disputar direitos autorais com a Disney numa batalha judicial nos anos 90, e perdeu, depois de inicialmente ter conseguido uma indemnização de 66 milhões de dólares. Mais recentemente, a filha de Christopher Robin tentou tirar os direitos de exploração de merchandise aos herdeiros de Slesinger, e perdeu… Como se não bastasse, a Disney já anunciou que, na nova série de desenhos animados que estreará em 2007, o companheiro de Pooh não será mais o pequeno Christopher Robin, mas antes uma rapariga ruiva… Pouco pacífico é ainda o facto dos peluches que inspiraram os contos de Winnie The Pooh estarem na Public Library de Nova Iorque, havendo muitos ingleses a reclamar a sua repatriação como património cultural britânico.
Trivia Pooh: Este é um ursinho globalmente popular. Uma rua de Varsóvia tem o seu nome. E nas Filipinas e em Hong Kong é a mais popular das figuras da Disney. A casa onde viveu Milner, filho e ursinho Pooh foi, nos anos 60, habitada por Brian Jones, dos Rolling Stones, que encontrou a morte numa piscina ao lado de uma pequena estátua com o ursinho...
A IMAGEM. A fotografia que ilustra este post mostra o pequeno Christpher Robin com o seu peluche a quem deu o nome Winnie The Pooh. Imagem de 1928, tirada por Marcus Adams, exposta na National Portrait Gallery, em Londres.
sábado, dezembro 24, 2005
Discos Voadores, 24 Dezembro
Esta semana os Discos Voadores foram mais feitos de música que de conversa, obra e graça de uma rouquidão inoportuna. Mas como the show must go on, a emissão seguiu o seu curso quase normal, continuando a revisão de momentos de 2005, nomeadamente algumas das novas bandas reveladas este ano e recordando uma série de reedições que chegaram aos escaparates nestes últimos 12 meses. Em fim de semana natalício, a segunda hora arrancou com uma série de ofertas de Natal, visto de ângulos “alternativos”, dos Pop Dell’Arte aos They Might Be Giants.
Rufus Wainwright “Spotlight On Christmas”
The Strokres “Ask Me Anything”
Pop Dell’Arte “J’ai Oublié (All My Life)”
Depeche Mode “A Pain I’m Used To (Telex Remix)”
Cindy Kat “Polaroide”
U-Clic “Unfashionautic Supersatars”
Woman In Panic “ASDF”
Protocol “She Waits For Me”
The Cloud Room “Beautiful Mess”
Every Move A Picture “Signs Of Life”
White Rose Movement “Love Is A Number”
Bloc Party “Banquet”
Arctic Monkeys “I Bet You Look Good On The Dance Floor”
Art Brut “Emily Kane”
DK7 “White Shadow”
The Juan McLean “Shining Skinned Friend”
Pop Dell’Arte “Little Drama Boy”
Lou Reed “Xmas In February”
Antony + George “Happy Xmas (War Is Over)”
Tom Waits “Christmas Card From A Hooker In Minneapolis”
Orso “Xmas Tomorrow”
Associates “The Little Boy That Santa Claus Forgot”
Erlend Oye “Last Christmas”
They Might Be Giants “Santa’s Beard”
Neutral Milk Hotel “The Kings Of carrots Flower”
REM “Crushed With Eyeliner”
Eurythmics “Your Time Will Come”
Patti Smith “Gloria (live 05)”
Radio Macau “O Elevador da Glória”
Franz Ferdinand “Sexy Boy”
Arcade Fire “Old Flame”
Discos Voadores. Sábados 18.00-20.00 / Domingos 22.00-24.00
Radar 97.8 FM
MAIL
Rufus Wainwright “Spotlight On Christmas”
The Strokres “Ask Me Anything”
Pop Dell’Arte “J’ai Oublié (All My Life)”
Depeche Mode “A Pain I’m Used To (Telex Remix)”
Cindy Kat “Polaroide”
U-Clic “Unfashionautic Supersatars”
Woman In Panic “ASDF”
Protocol “She Waits For Me”
The Cloud Room “Beautiful Mess”
Every Move A Picture “Signs Of Life”
White Rose Movement “Love Is A Number”
Bloc Party “Banquet”
Arctic Monkeys “I Bet You Look Good On The Dance Floor”
Art Brut “Emily Kane”
DK7 “White Shadow”
The Juan McLean “Shining Skinned Friend”
Pop Dell’Arte “Little Drama Boy”
Lou Reed “Xmas In February”
Antony + George “Happy Xmas (War Is Over)”
Tom Waits “Christmas Card From A Hooker In Minneapolis”
Orso “Xmas Tomorrow”
Associates “The Little Boy That Santa Claus Forgot”
Erlend Oye “Last Christmas”
They Might Be Giants “Santa’s Beard”
Neutral Milk Hotel “The Kings Of carrots Flower”
REM “Crushed With Eyeliner”
Eurythmics “Your Time Will Come”
Patti Smith “Gloria (live 05)”
Radio Macau “O Elevador da Glória”
Franz Ferdinand “Sexy Boy”
Arcade Fire “Old Flame”
Discos Voadores. Sábados 18.00-20.00 / Domingos 22.00-24.00
Radar 97.8 FM
Discos de 2005: DN:música

Nacional:
1. Bernardo Sassetti, “Alice”
2. Mafalda Arnauth, “Diário”
3. Katia Guerreiro, “Tudo ou Nada”
4. Clã, “Vivo”
5. Mariza, “Transparente”
6. Cristina Branco, “Ulisses”
7. David Fonseca, “Our Hearts Will Beat As One”
8. Rocky Marsiano, “The Pyramid Sessions”
9. Mesa, “Vitamina”
10. Blind Zero, “The Night Before And A New Day”
11. Old Jerusalem, “Twice The Humbling Sun”
12. Boss AC, “Ritmo, Amor e Palavras”
13. Da Weasel, “Ao Vivo Nos Coliseus”
14. Vitorino, “Ninguém Nos Ganha aos Matraquilhos”
15. Sagas, “Rostu Limpu”
16. Post Hit, “Post Hit”
17. Margarida Pinto, “Apontamento”
18. Funami, “Funami”
19. Expensive Soul, “BI”
20. Armando Teixeira, “Made To Measure”
Internacional:
1. Arcade Fire, “Funeral”
2. Antony And The Johnsons, “I’m A Bird Now”
3. Rufus Wainwright, “Want (Two)”
4. Sufjan Stevens, “Illinoise”
5. LCD Soundsysten, “LCD Soundsystem”
6. Patrick Wolf, “Wind In The Wires”
7. Sigur Rós, “Takk”
8. Fiery Furnaces, “EP”
9. Animal Collective, “Feels”
10. Franz Ferdinand, “You Could Have It So Much Better”
11. Nine Horses, “Snow Borne Sorrow”
12. Jamie Lidell, “Multiply”
13. Efterklang, “Tripper”
14. White Stripes, “Get Behind Me Satan”
15. Brian Eno, “Another day On Earth”
16. Paul McCartney, “Chaos And Creation In The Backyard”
17. Madonna, “Confessions On A dance Floor”
18. The Kills, “No Wow”
19. Gorillaz, “Demon Days”
20. Andrew Bird, “The Mysterious Production Of Eggs”
DVD Muiscal:
1. Bob Dylan/Martin Scorsese, “No Direction Home”
2. Kraftwerk, “Minimum Maxiumum”
3. Rufus Wainwright, “All I Want”
4. Martin Scorsese e outros, “The Blues”
5. Jonathan Glazer, “The Work Of Director Jonathan Glazer”
6. Franz Ferdinand, “Franz Ferdinand”
7. Anton Corbijn, “The Work Of Director Anton Corbijn”
8. Philip Glass, “Looking Glass”
9. Mark Romank, “The Work Of Director Mark Romanek”
10. Clã, “Gordo Segredo”
11. Pixies, “Sell Out”
12. Björk, “Medúlla Special”
13. Klaus Nomi/Andrew Horn, “The Nomi Song”
14. New Order, “Story”
15. Duran Duran, “Live From London”
16. David Bowie, “Love You Till Tuesday”
17. Adriana Partimpim, “O Show”
18. Jacques Brel, “Les Adieu A L’Olympia”
19. Johnny Cash, “Live At Montreux 1994”
20. The Divine Comedy, “Live At London Palladium”
SINGLES: Wham!, 1984

WHAM! “Last Christmas” (Epic, 1984)
Lado A: Last Christmas (George Michael)
Lado B: Everything She Wants (George Michael)
Produção: George Michael
Posição mais alta no Reino Unido: 2
Editado em Portugal pela CBS
NATAL: Spike Jones, 1956

sexta-feira, dezembro 23, 2005
Sound + Vision: Discos 2005
Quinto dia de listas no Sound + Vision, a ouvir os melhores discos do ano (que também publicamos no DN:música de hoje). Listas separadas para a oferta nacional e internacional.
Nuno Galopim
Nacional:
1. Alice, Bernardo Sassetti
2. Transparente, Mariza
3. Vivo, Clã
4. Our Hearts Will Beat As One, David Fonseca
5. The Pyramid Sessions, Rocky Marsiano
6. Diário, Mafalda Arnauth
7. Tudo ou Nada, Katia Guerreiro
8. Soma, The Ultimate Architects
9. Post Hit, Post Hit
10. Vitamina, Mesa
Internacional:
1. Funeral, Arcade Fire
2. Illinoise, Sufjan Stevens
3. Want (Two), Rufus Wainwright
4. Another Day On Earh, Brian Eno
5. Feels, Animal Collective
6. I'm A Bird Now, Antony & The Johnsons
7. Wind In The Wires, Patrick Wolf
8. You Could Have It So Much Better, Franz Ferdinand
9. The Back Room, Editors
10. Handwriting, Khonnor
O pior ano pop/rock português desde 1979! Salvos, por aqui, pelo fado, o jazz e a banda sonora de Alice... E por agora ficamos por aqui, que brevemente haverá reflexão detalhada na área... Lá fora, um dos melhores anos dos últimos tempos em diversas frentes. Rock em alta, da reinvenção pós-punk a experiências mais visionárias. DFA em grande. Canadá a inscrever-se no mapa das prioridades. Veteranos em regressos dignos dos maiores elogios. A lista é de apenas dez títulos, mas a ela podemos acrescentar discos como EP dos Fiery Furnaces, The Witching Hour dos Ladytron, Orion de Philip Glass, Capture/Release dos The Rakes, Silent Alarm dos Bloc Party, Bang Bang Rock'N'Roll dos Art Brut, Demon Days dos Gorillaz, The Mysterious Productin Of Eggs de Andrew Bird, Adieu Tristesse de Arthur H, Monsters In Love dos Doinysos, LCD Sundystem dos LCD Soudsystem, Less Than Human de The Juan McLean, The Man Who Ate The Man dos Magnétophone, Confessions On A Dance Floor de Madonna, Aerial de Kate Bush, Takk dos Sigur Rós, Snow Bourne Sorrow dos Nine Horses, Digital Ash In A Digital Urn dos Bright Eyes, Wild Light de Mount Sims, Disarmed dos DK7, The Light At The End Of The Tunnel Is A Train de Whitey, The Cloud Room dos The Cloud Room, Guero de Beck, Playing The Angel dos Depeche Mode, Employment dos Kaiser Chiefs ou Get Behind Me Satan dos White Stripes, entre outros mais. Boas revelações com Protocol, White Rose Movement, She Wants Revenge, Baumer, Presets, Every Move A Picture, Editors, Final Fantasy, Martha Wainwright... Entre nós, estão sob escuta Cindy Kat, U-Clic, Woman In Panic, Garbo e How Comes The Constellations Shine, à espera de discos em 2006. N.G.
João Lopes
Nacional:
1. Tudo ou Nada, Katia Guerreiro
2. Ascent, Bernardo Sassetti
3. Alice, Bernardo Sassetti
4. Diário, Mafalda Arnauth
5. Ulisses, Cristina Branco
6. Ao Vivo em Lisboa, Joana Amendoeira
7. Vivo, Clã
8. The Night Before and a New Day, Blind Zero
9. Our Hearts Will Beat as One, David Fonseca
10. Post Hit, Post Hit
Internacional:
1. Horses/Horses, Patti Smith
2. No Wow, The Kills
3. Illinoise, Sufjan Stevens
4. I’m a Bird Now, Antony & the Johnsons
5. Want Two, Rufus Wainwright
6. Funeral, Arcade Fire
7. Confessions on a Dance Floor, Madonna
8. Devils And Dust, Bruce Springsteen
9. Guero, Beck
10. Cold Roses, Ryan Adams
Patti Smith? Você disse Patti Smith?... É verdade: a par dos sons-do-desencanto-deste-tempo (Antony, Rufus, etc.), alguns fantasmas não necessariamente assombrados, mas sempre assombrosos, andaram por aí a dar lições de simples fidelidade à sua verdade artística. Mas nem mesmo os mais velhos encaixaram na patética "nostalgia" que as televisões tanto gostam de promover. É normal: as televisões vivem de uma cegueira militante face à complexidade estética do presente e até mesmo a MTV se deixou contaminar pelo bolor dos lugares-comuns publicitários sobre a "juventude" — será que ser jovem passou a ser endeusar os telemóveis, dizer militantes disparates e disparar as palavras em ritmo de King Kong?... Entretanto, o punk-pós-punk porta-se bem e até houve quem voltasse a celebrar, sem complexos, a energia dançável dos anos 80. Mas deixemos o confessionalismo para outra ocasião... J.L.
NATAL: "White Christmas", 1954

Para descobrir Richard Swift

Richard Swift é um intrigante e cativante cantautor californiano, nascido em 1977 e com parte da juventude vivida no quarto, na companhia de um gravador de quatro pistas e de discos de Bob Dylan a Lee Perry… Editou dois álbuns (Walking Without Effect em 2001 e The Novelist em 2004, ou seja, os dois agora reunidos num CD duplo a editar em janeiro), pérolas visionárias de escrita lo fi capazes de ofuscar outros autores/intérpretes recentemente entrados em cena e já alvo de pequenos cultos. A música de Swift, que parte do registo clássico do cantautor, mas aceita desafios de tempos e lugares diferentes, frequentemente sugerindo palco num qualquer bar decadente dos anos 30 em final de noite de casa vazia, é um mundo de acontecimentos, e deixa qualquer ouvinte atento irremediavelmente conquistado. Escutem Losing Sleep ou Lovely Night no site oficial do músico como aperitivo. E, depois das rabanadas e das 12 passas, guardem um tempo para descobrir Richard Swift. Vai ser, para quem o não conhece, a primeira grande descoberta de 2006! E com álbum novo a caminho, lá para Março ou Abril…
P.S. Recomendado para fãs de Rufus Wainwright, Tom Waits, Bob Dylan. Todos juntos ou em separado...
DN:música, 23 Dezembro

E quem ganhou? Nada como ler o jornal...
NATAL: Danny Elfman, 1993

quinta-feira, dezembro 22, 2005
Sound + Vision: DVD 2005

João Lopes
1. The Fog of War, de Errol Morris (Columbia)
2. Tout Va Bien, de Jean-Luc Godard (Criterion)
2. Anjos na América, de Mike Nichols (Warner)
3. The Complete Jean Vigo (Artificial Eye)
4. F For Fake, de Orson Welles (Criterion)
5. O Rio Sagrado, de Jean Renoir (Costa do Castelo)
6. M, de Fritz Lang (New Age)
7. Depois do Ensaio, de Ingmar Bergman (Costa do Castelo)
8. Nick's Movie, de Wim Wenders (Atalanta)
9. As Duas Inglesas e o Continente, de François Truffaut (Costa do Castelo)
10. O Detective Cantor, de Keith Gordon (Lusomundo)
Por vezes, grandes títulos, clássicos e modernos, podem comprar-se via Internet a metade do preço (ou menos...) praticado nas lojas portuguesas. A pequenez do nosso mercado e o consequente peso desproporcionado dos custos de produção ajudarão a explicar alguma coisa. Mas não tudo. Dito de outro modo: a orientação dominante do mercado é para a acumulação sem critério(s). Como se alguns editores não soubessem distinguir as diferenças dos produtos que editam e, desse modo, também não tivessem qualquer ideia sobre o respectivo público potencial. Seja como for, é óbvio que a oferta cresceu e se diversificou. O que não cresceu, muito menso se diversificou, é a capacidade de algumas empresas para divulgar os seus títulos — por vezes, mesmo para os jornalistas, é preciso descobri-los acidentalmente nos escaparates. Também aqui se aplica a mesma regra do circuito cinematográfico de exibição: viver apenas em função dos blockbusters é um equívoco (comercial) que, a curto ou médio prazo, se paga caro. J.L.
Nuno Galopim
1. Anjos Na América, Mike Nichols (Warner)
2. Caixa Eisenstein, Sergei Eisenstein (Fnac)
3. Russian Ark, Alexander Sokurov (Artificial Eye)
4. O Fantasma, João Pedro Rodrigues (Rosa Filmes)
5. Minimum Maximum – Kraftwerk (EMI)
6. Almodóvar Collection – Vol 1, Pedro Almodóvar (Optimum World)
7. La Trilogie, Paul Morrissey (Carlotta)
8. The Work Of Director Jonathan Glazer, Jonathan Glazer (EMI)
9. O Sentido da Vida, Terry Jones (Lusomundo)
10. All I Am – Rufus Wainwright, George Scott (Universal)
O DVD substituiu muitas horas de televisão (nunca uma ida ao cinema), e deu-nos olhares retrospectivos numa cidade onde as políticas de reposições, ora em salas comerciais ora em cinemateca ou eventos especiais, continuam a enfermar de males vários e olhares em direcções demasiado constantes, quase sempre as mesmas, quase sempre as mesmas, pouco inovadoras e pouco ousadas… O DVD permitiu-nos (re)ver séries que mostram novos hábitos na produção de ficção para televisão, umas com passagem pelos canais portugueses (mas tantas vezes fora de horas, ou sem promoção visível, como foi o caso de Anjos Na América), outras à espera de quem as compre para colocar entre uma novela, um debate desportivo ou o reality show da capoeira dos famosos ou lá o que inventarem mais… Séries como a Criterion e Artificial Eye sempre com edições recomendáveis. Director’s Label com mais quatro títulos de excepção. Na música, um desvio da melhor produção para o documentário, uma ou outra excepção de entusiasmo em filmes de concertos (como é o caso dos Kraftwerk). É um mercado em afirmação de variedade e quantidade, pena que ainda sem a consciência da maioria dos editores para com a importância de uma mais atenta relação com a comunicação social. N.G.
Casa da Música pede obra a Steve Reich

Além da peça de Reich, a agenda 2006 da Casa da Música apresenta outras sugestões que obrigam a idas ao Porto. Aqui ficam algumas sugestões:
Matthias Goerne, 22 de Janeiro
Balanescu Quartet (a tocar Kraftwerk), 17 de Fevereiro
Faust, 14 de Abril
Kronos Quartet, 24 de Maio
Alfred Brendel, 2 de Junho
Ryuichi Sakamoto + Alva Noto, 11 de Junho
Natal: James Brown, 1995

Subscrever:
Mensagens (Atom)