segunda-feira, dezembro 26, 2005

Um primeiro olhar sobre 2006

Contas feitas sobre os discos de 2005, naturalmente já apontamos baterias a 2006. O ano anuncia-se cheio de boas ideias, com discos recomendáveis logo a partir de 2 de Janeiro. O primeiro dia de lojas abertas do ano recebe First Impressions On Earth, dos Strokes, um dos mais aguardados álbuns dos últimos tempos, que deixará satisfeitos todos os que esperavam sinais de mudança no segundo disco dos nova-iorquinos, que então resolveram fazer um pouco de vira-o-disco e toca o mesmo, mas com boas canções. Este sim, tem novidades e, mesmo não sendo tão candidato a marco na história da música como o foi Is This It, é uma bela maneira de começar o ano. Janeiro recebe ainda discos dos Arctic Monkeys (que têm de provar que são mais que uma boa canção), Richard Ashcroft e, diz-se, o também muito aguardado At War With The Mystics, dos Flaming Lips. O melhor disco de Janeiro cabe, contudo, a uma edição de 2005 que recolhe dois álbuns antigos de Richard Swift, de quem aqui demos notícia há uma semana. The Novelist (na imagem) e Walking Without Effort são duas pérolas de escrita e interpretação, simples mas eloquentes, revelando um dos mais talentosos singer/songwriters da nova geração americana. O ano que vem vai fazer dele uma figura familiar já que, além da esperada euforia em torno deste álbum, se espera um novo disco de originais, em Março.
Do centro de produção nacional, Janeiro abre com a compilação POPlastik, dos Pop Dell’Arte (sai dia 16), que inclui três inéditos (dois originais e uma versão). O disco documenta com um belíssimo alinhamento os 20 anos da vida de uma das mais imaginativas bandas da história pop portuguesa. Ainda em Janeiro saem novos discos dos X-Wife, Aldina Duarte e Jacinta, assim como uma compilação que assinala os 30 anos de carreira de Vitorino.
Depois de um Fevereiro de bons hors d’ouevres, o ano editorial continua em Fevereiro com discos dos Belle & Sebastian (muito aquém do que nos habituaram, no seu pior disco de sempre), Scissor Sisters, Tiga (edição nacional), Sparks, Ray Davies, Pharell Williams e, esteja pronto, o novo Radiohead (que certamente acabará adiado…). Por cá, é editada a estreia dos Cindy Kat e uma homenagem aos 25 anos dos GNR, um tributo com versões por bandas hip hop e r&B… A ouvir…
Março é o mês de Morrissey editar Ringleader Of The Tormentors e de Graham Coxon lançar novo disco a solo. E, não haja novo adiamento, chegará então o novo dos Outkast. Em Abril estão previstos álbuns de originais de Prince (3121), Pet Shop Boys (Fundamental, produzido por Trevor Horn), The Cure e Red Hot Chilli Peppers. A fechar o primeiro semestre esperam-se novas dos Muse(Maio). Para o Verão talvez o prometido novo Duran Duran.
Sem data de edição marcada, haverá novos discos dos Pearl Jam, Blur, David Bowie e R.E.M.. E ainda o DVD e disco ao vivo dos Humanos. Fala-se do novo Arcade Fire, do novo Interpol, de uma compilação de lados B dos Oasis… E a estes juntar-se-ão muitos mais. Vem aí bom ano!

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