Em tempos de exploração mediática, sobretudo televisiva, do sofrimento, como fazer o retrato de uma menina de 12 anos que foi abusada pelo pai? O filme de Emmanuelle Nicot envolve uma dupla resposta: primeiro, recusar fazer mais um panfleto "generalista" de exploração da dor humana; segundo, nunca desistir da proximidade dos corpos e dos seus enigmas, virtude narrativa aprendida no mais nobre classicismo — filmar é, afinal, aceder à infinita perturbação do factor humano.
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