As Pinturas do Meu Irmão Júlio (1965) |
Com coordenação de Isabel Lopes Gomes, começou hoje, ao fim da tarde, no Auditório da Casa do Cinema Manoel de Oliveira, na Fundação de Serralves, no Porto, um ciclo dedicado às relações entre cinema e pintura: 'Modos de rever — História(s) da arte no cinema'.
A sessão inaugural juntou três títulos de Oliveira — O Pintor e a Cidade (1956) [video com os primeiros minutos do filme], As Pinturas do Meu Irmão Júlio (1965) e Painés de S. Vicente de Fora, Visão Poética (2009), —, permitindo compreender como a sua dinâmica criativa nunca foi estranha às matérias e linguagens da pintura, de algum modo "forçando-o" a discutir os poderes e limites do próprio gesto cinematográfico. Complemento útil: a folha de sala da sessão.
No final da projecção. Isabel Lopes Gomes moderou uma conversa com a historiadora de arte Laura Castro e eu próprio — foram bons momentos de diálogo e (re)descoberta das propostas estéticas e narrativas de Oliveira.
O ciclo integra, entre outros, filmes de João Botelho, Víctor Erice e Jean-Luc Godard, prolongando-se até ao mês de dezembro.