Foi há meio século... 1973 é o ano decisivo de afirmação de Bruce Springsteen nos labirintos da música popular, lançando os seus dois primeiros álbuns: Greetings from Asbury Park, N.J., em janeiro, e The Wild, the Innocent & the E Street Shuffle, em novembro. A clara definição das suas raízes, do espírito folk à crueza que o rock pode assumir, não excluía, bem pelo contrário, uma energia criativa à procura da sua definição e que, por isso mesmo, talvez possamos apelidar de experimental.
Com alguma nostalgia, ma non troppo, escutemos, por isso, New York City Serenade, tema que encerra o alinhamento do segundo álbum, em dois momentos: a gravação original e uma performance, em Roma, 40 anos mais tarde — Bruce é mesmo um daqueles que, sem ostentação nem pitoresco, justifica o cognome de contador de histórias.